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Agosto: mês de conscientização sobre os riscos do tabagismo e fumo passivo

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Agosto não é apenas um mês de conscientização sobre o combate ao tabagismo, mas também um período de alerta para os perigos do fumo passivo.

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De acordo com um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tabagismo passivo causa 603 mil mortes anuais em todo o mundo, sendo 168.840 (28%) crianças.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o tabagismo como uma doença pediátrica, pois a maioria dos fumantes desenvolve a dependência até os 19 anos.

Além do Agosto Branco, o próximo dia 29 marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo. O INCA prevê mais de 32 mil casos de câncer de pulmão por ano até 2025, sendo o câncer de pulmão o quarto mais frequente no Brasil (excluindo o câncer de pele não melanoma), com maior incidência na Região Sul tanto para homens quanto para mulheres.

Estatísticas e Impactos do Tabagismo

Uma pesquisa revelou que o Paraná possui mais de 1,7 milhão de fumantes, e o cigarro é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão no Brasil. Embora o número de fumantes esteja diminuindo no estado, a taxa está aumentando em Curitiba.

O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo, responsável por mais de 7 milhões de óbitos anualmente. A exposição à fumaça de cigarro, mesmo passiva, eleva o risco de câncer e agrava doenças pulmonares, afetando inclusive crianças.

Tabagismo Passivo e Câncer

O tabagismo passivo é responsável por 85% dos casos de câncer de pulmão, conforme o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. O fumo está associado a diversos tipos de câncer, incluindo pulmão, colorretal, esôfago, colo de útero, fígado, rim, laringe, faringe, bexiga, cavidade nasal e oral, pâncreas, pênis, estômago e leucemia mieloide. Para aqueles que continuam fumando após o diagnóstico de câncer, o risco de complicações é maior, incluindo dificuldades na cicatrização de feridas e menores chances de sucesso em grandes cirurgias.

Importância do Controle e Diagnóstico Precoce

É crucial controlar o vício em qualquer idade, mesmo após o desenvolvimento de doenças relacionadas ao tabagismo, pois isso reduz o risco de morte e melhora a qualidade de vida. A cessação do tabagismo pode reduzir em até 50% o risco de câncer comparado aos fumantes ativos. O acompanhamento por uma equipe de pneumologistas, psicólogos e, quando necessário, psiquiatras é fundamental para uma desintoxicação eficaz.

Desafios com Cigarros Eletrônicos e Narguilé

Os cigarros eletrônicos e produtos de tabaco aquecido apresentam novos desafios no combate ao tabagismo. A alta concentração de nicotina nesses dispositivos aumenta a liberação de neurotransmissores associados ao prazer e motivação. Além disso, o uso de narguilé, que equivale a fumar 100 cigarros em uma hora, pode causar câncer de pulmão e outras doenças graves.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico precoce do câncer de pulmão é desafiador, pois os sintomas geralmente surgem em fases avançadas da doença. Recomenda-se que adultos entre 50 e 80 anos com histórico de tabagismo consultem um pneumologista ou oncologista. Aqueles com carga tabágica de pelo menos 20 maços-ano devem realizar tomografia de tórax anual até completarem 15 anos sem tabagismo. O diagnóstico precoce pode reduzir a morbidade e mortalidade associadas ao câncer de pulmão.

Indivíduos diagnosticados precocemente têm maiores chances de cura. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia associada à imunoterapia, e terapias-alvo, que oferecem menos efeitos colaterais e respostas duradouras. Avanços recentes em terapias específicas para mutações tumorais e imunoterapias estão melhorando os resultados para pacientes em estágios mais avançados da doença.

Reportagem: VVale

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