A menina e o sapo é um clássico poema infantil da autora Márcia Paganini Cavéquia que conta a história de uma menina que encontrou um sapo e deste encontro inusitado tornou-se a princesa-sapa.
Na vida real um encontro semelhante a este aconteceu na Ugv Centro Universitário. A acadêmica de medicina veterinária Giorgia Delvoss Sikorski, que também é estagiária da recepção da instituição, recebeu na quinta-feira, 23 de novembro um senhor que procurava orientação referente a um “grande” animal que havia encontrado próximo da sua casa, “Ele chegou com o sapo em um saco de ração, lindo, enorme e claro que virou a atração na recepção,” contou a estudante.
Com o anfíbio gigante nas mãos, Giorgia lembrou que uns dias antes da situação, ela tinha visto um vídeo de um biólogo que encontrou um sapo enorme e falou, “Meu Deus como eu queria encontrar um assim! Duas semanas depois ele apareceu, foi realmente um sonho. Eu desde criança sempre amei muito os sapos, acho eles lindos” completou Giogia.
A acadêmica procurou os professores de veterinária que olharam o sapo e confirmaram que ele estava bem, sem ferimentos e a sua espécie, um sapo-cururu. Espécie que segundo o professor e veterinário João Estevão Sebben, pode chegar a pesar até 2,5 kg e viver entre 12 a 15 anos. “O sapo-cururu possui glândulas próximo a cabeça que possui um líquido irritante e que pode matar se for ingerido pelos seus predadores” destacou o professor.
O sapo-cururu entregue para a acadêmica era uma fêmea adulta com cerca de 40 cm de comprimento e pesando quase 2kg. “As minhas amigas que trabalham comigo deram o nome para o sapo de Robertão, aí quando descobrimos que ela era uma fêmea devido à coloração, virou a Robertona”, conta em risos a acadêmica.
Giorgia relatou que como a “Robertona” não teria motivos para ficar no hospital veterinário, visto que estava bem, ela levou o anfíbio para a casa de sua mãe, no interior de União da Vitória. “Levei o sapo para a casa da minha mãe, lá tem um quintal bem grande, muito espaço pra ele viver em meio à natureza e com segurança de que ninguém vai matá-lo”, explicou. A mãe, assim como Giorgia, é apaixonada por sapos. “Quando levei o sapo dentro de uma caixinha para casa ela não acreditou, ficou encantada, agora é nosso sapo de estimação. Sapo por sapo lá já tem um monte, mas do tamanho da Robertona, nunca tinha visto”, conta ela.