Pela primeira vez em mais de 10 anos, um protótipo de vacina contra o HIV chega à última etapa dos ensaios clínicos, a fase 3, que deve determinar se no mundo real ela protege contra a transmissão do vírus que, se não tratado, causa a AIDS. A vacina foi desenvolvida pela Janssen e utiliza a mesma tecnologia que a farmacêutica utilizou em seu imunizante contra a covid-19: um adenovírus modificado para transportar, até o interior das células do indivíduo, o DNA de suas proteínas mais representativas, de modo que o organismo crie anticorpos contra elas.
Na verdade, são duas vacinas, uma codificada com três proteínas e outra com quatro, que por ter esta mistura se chamam mosaico, diz Antonio Fernández, pesquisador da Janssen. As duas superaram os estudos de segurança e verificou-se que criam anticorpos, como atesta um artigo na The Lancet, mas resta saber se funcionarão em condições reais. O ensaio durará de 24 a 36 meses, diz Fernández, para verificar a permanência e intensidade da proteção. A tentativa anterior de conseguir uma vacina contra o HIV acabou em 2009, quando se verificou que só evitava 30% das infecções.
Saiba mais em El País