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sábado, abril 20, 2024
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Casal fala sobre experiência de adotar 4 irmãos em Irati

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Em entrevista ao programa “Espaço Cidadão”, da Rádio Super Najuá, a psicóloga Rafaela Maria Ferençz e o seu marido, Fábio Gomes de Oliveira, falaram sobre a experiência de adotar os 4 irmãos, Yuri, David, Christopher e Manuela, logo após o nascimento do filho biológico Henrique. Rafaela conta que a adoção sempre foi seu sonho e que a oportunidade surgiu com o programa de apadrinhamento da Casa Lar de Irati. 

“Eu sempre quis ter filhos adotivos. E quando eu estava grávida em 2015, eu fui fazer uma atividade com os adolescentes na Casa Lar aqui de Irati e eu conheci o David e o Yuri que estavam no abrigo e, na época, estava começando um programa aqui em Irati que era o Apadrinhamento Afetivo. Eles já eram adolescentes e na hora que eu conheci eles eu tive vontade de estar mais próxima. A gente conversou sobre apadrinhar os irmãos Yuri, David e a Bruna, que é a irmã mais velha deles. Então começou a convivência e eu não sabia que eles tinham dois irmãos mais novos, o Cristofer e a Manu. Aí passou umas 3 semanas e a gente conheceu o Cristofer e a Manu e a gente resolveu então apadrinhar os 5”, relata a psicóloga.

Rafaela comenta que, no começo da convivência com os irmãos na Casa Lar, eles não tinham intenção de adotar, mas, com o tempo, a ideia foi surgindo. “A princípio a gente não apadrinhou eles pensando na adoção, mas a gente foi convivendo todo final de semana e passou um ano e começamos a falar sobre adotar os 5 e começamos o processo em outubro de 2017. Quando a gente viu que eles foram destituídos e estavam disponíveis para adoção naquele momento, nós começamos a fazer o nosso processo para se habilitar a ser pais adotivos”, lembra. 

O processo para adoção costuma ser demorado. “A questão é que o processo deles demorou, pois acabou indo para 2ª instancia. A gente estava pronto para adotar em março e a papelada deles ficou pronta só em novembro de 2018. Quando isso aconteceu, já saiu a guarda provisória para eles virem morar com a gente”, ressalta.

Fábio lembra que, com o tempo, começou a se apegar aos irmãos da Casa Lar e vê-los somente aos finais de semana já não era suficiente. “Para mim já não existia mais a possibilidade de fazer somente o apadrinhamento. Eu já fazia o acompanhamento escolar deles, via como eles estavam. Para mim, somente o final de semana não era o suficiente para cuidar da vida deles o quanto eu gostaria. Então foi aí que a gente conversou e decidiu adotar”, descreve.

O pai diz que, para fazer uma adoção, a pessoa precisa estar preparada para os desafios. “A gente estudou muito, leu e buscou conhecimento a respeito daquilo. Quando a gente teve o nosso filho biológico, o Henrique, estudamos como seria a gestação e, da mesma forma, fizemos com a adoção. A gente se viu preparado para tomar essa decisão e quando eles vieram morar com a gente foi muito bom, porque nós já tínhamos o convívio do apadrinhamento afetivo que fez com que essa relação ficasse muito boa. Não dá para falar que são sempre flores, sempre maravilhas porque não é. E assim como toda grande família a gente tem situações que precisamos resolver, sejam filhos adotivos ou biológicos”, explica.

David Kawan, de 18 anos, conta que ele e os irmãos ficaram surpresos ao saberem que seriam adotados. Eles levaram um susto quando Rafaela e Fábio disseram que não seriam mais seus padrinhos. “No começo a gente achava meio estranho porque não tinha uma família querendo adotar a gente. Na época eu tinha 15 para 16 e anos e para mim foi uma segunda chance de ter uma família e ser feliz. Eles fizeram uma reunião e disseram que não iam ser mais nossos padrinhos, mas sim nossos pais e a gente ficou muito emocionados”, comemora David.

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