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sábado, novembro 23, 2024
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Polícia Ambiental apreende equipamentos e reforça fiscalização durante a Piracema

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Com reforço da atuação do Batalhão Força Verde, no período de cerca de quatro meses, foram apreendidos mais de 17,8 mil metros de redes de pesca, 465 quilos de peixes, 320 quilos de camarões e outros itens utilizados na pesca ilegal. Foto: BPAMB-FV

O Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAMB-FV) atuou fortemente na proteção da fauna de rios e bacias hidrográficas durante o período da Piracema – época de reprodução de diversas espécies nativas de peixes – com o objetivo de coibir a pesca predatória. No período de cerca de quatro meses foram apreendidos pelo batalhão mais de 17,8 mil metros de redes de pesca, 465 quilos de peixes, 320 quilos de camarões e outros itens utilizados na pesca ilegal.

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De acordo com o subcomandante da 5° Companhia do BPAMB-FV, tenente João Vitor Arnas de Miranda, durante a Piracema o batalhão ambiental desenvolveu um trabalho de policiamento, tanto por terra quanto por água. “Para que, desta forma, a gente pudesse assegurar a reprodução das espécies de peixes, para que as gerações vindouras possam desfrutar de um ecossistema equilibrado”, explica.

A Piracema, que iniciou em 1º de novembro de 2021 e terminou na penúltima segunda-feira (28), é um fenômeno natural que ocorre em um período de aproximadamente quatro meses, no qual determinadas espécies fazem um movimento migratório contra a correnteza do rio para buscar as nascentes e locais mais adequados para fazer seu ciclo de reprodução completo.

NA PRÁTICA – A ação do Batalhão de Polícia Ambiental, por meio das cinco companhias, resultou na apreensão de 320 quilos de camarão, 465 quilos de peixes de diversas espécies e 444 caranguejos. No total, foram registradas 162 ocorrências de pesca irregular e apreendidos, ainda, 17.873 metros de rede e 44 tarrafas.

Para preservar este ciclo de reprodução, a Polícia Ambiental reforça o combate aos crimes de pesca ilegal, com foco nas bacias dos rios Paraná e Iguaçu. As equipes também desenvolvem um trabalho preventivo de educação e orientação aos pescadores e ribeirinhos sobre os cuidados necessários com relação à pesca nestes períodos e locais específicos.

“Temos percebido, inclusive, que a incidência das redes instaladas de maneira irregular tem diminuído gradativamente, fato que acontece em decorrência da conscientização da população, ano a ano, e à efetividade do nosso trabalho preventivo, que desde sempre visa evitar que esses crimes ocorram”, afirma o tenente Arnas.

Os trabalhos de fiscalização do BPAMB foram mais intensos nas proximidades de barragens, pois durante a Piracema os peixes que fazem esse movimento migratório são obrigados a depositar seus ovos na beirada dessas estruturas, justamente por não conseguirem ultrapassar este ponto. Por isso, o local os deixa extremamente vulneráveis à pesca predatória e a intervenção da Polícia Ambiental é crucial para sua proteção.

Durante esse período, as autoridades ambientais editam as portarias que proíbem a prática da pesca em determinados locais. Também é tabelado o tamanho mínimo dos peixes que podem ser capturados porque a pesca dos mais jovens, que ainda não tiveram tempo de perpetuar sua espécie, prejudica o desenvolvimento linear do ecossistema do rio.

Caso o cidadão tenha conhecimento de qualquer crime ambiental que envolva pesca e caça predatórias, ou mesmo desmatamento, deve entrar em contato com o Disque Denúncia 181. A denúncia é feita anonimamente e pode ser também pelo SITE. Quanto mais informações foram passadas, melhor será o direcionamento inicial da polícia neste tipo de situação.

PENALIDADE – Pesca em local proibido e a captura de peixes de tamanho inferior ao permitido podem resultar em prisão de um a três anos e gerar uma multa mínima de R$ 1,2 mil, que aumentam conforme a gravidade do caso.

Com informações AEN

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