O motorista e o proprietário do caminhão que tombou sobre uma van e matou nove pessoas, no último dia 20, em um trecho da BR-376, em Guaratuba, no litoral do Paraná, foram indiciados por homicídio culposo. O acidente matou atletas e o treinador de uma equipe de remo, além do motorista da van.
Segundo a Polícia Civil, o motorista do caminhão, Nicollas Otilio de Lima Pinto, foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor com base no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), cuja pena para este crime é de detenção de dois a quatro anos, além da suspensão ou proibição de obter a habilitação para dirigir.
Já o proprietário do veículo foi indiciado por homicídio culposo conforme o artigo 121 do Código Penal, quando não há a intenção de matar. A pena para este tipo de homicídio pode chegar a três anos de prisão.
As nove pessoas que morreram estavam na van que foi esmagada pela carreta que transportava um container com peças automotivas. A tragédia aconteceu no km 665 da rodovia, na pista sentido Santa Catarina.
Somente três pessoas foram retiradas com vida do local — os motoristas do carro e da carreta, e o atleta que estava na van.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a carreta teria perdido os freios e colidido contra a traseira da van. Em seguida, a van foi projetada para frente, bateu na traseira do carro, rodou na pista e foi arrastada pela carreta para fora da via. O caminhão, então, tombou sobre a van.
A van saiu de São Paulo com destino a Pelotas (RS) em viagem fretada com a equipe de atletas de remo. Os jovens faziam parte do projeto “Remar para o Futuro” e garantiram sete medalhas no Campeonato Brasileiro Unificado em São Paulo.
A Polícia Civil apurou que, antes do acidente, o caminhão precisou parar três vezes devido a falhas mecânicas. Em uma das paradas, a carreta precisou ser guinchada.
A Banda B tenta contato com as defesas do motorista e do proprietário do caminhão.