A candidata a vereadora pelo PRD, Pollyana Zvares, que usa o bordão de candidata a vereadora mais jovem de Canoinhas por ter apenas 18 anos, se envolveu em uma briga com um atendente de uma farmácia no centro da cidade na tarde desta segunda-feira (16).
A reportagem teve acesso a um vídeo no qual Pollyana aparece acompanhada da mãe comprando uma garrafa de água na farmácia. No momento em que o vídeo registra a situação, o atendente Cleber Fleith discute com Pollyana enquanto a mãe da candidata paga pela água. Pollyana aponta o dedo para o rosto de Cleber que responde bem próximo do rosto de Pollyana, aparentemente exaltado, momento em que ela bate no rosto do atendente.
A mãe da candidata se envolve na discussão e empurra Cleber. Uma funcionária da farmácia segura a mulher. O vídeo de 23 segundos termina neste momento.
Cleber registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Canoinhas. Ele relata que conheceu a mãe de Pollyana em um incidente ocorrido na estrada que dá acesso ao distrito de Marcílio Dias há dois anos. A mulher estaria andando de bicicleta enquanto ele dirigia pela mesma estrada. “Ela andava pelo meio da rua, desviei ela e voltei para a minha pista, mas ela começou a gritar, achei que tinha atropelado ela, então parei e fui conversar com ela. Mas ela disse que eu tentei matar ela, que era tentativa de feminicídio”, conta Cleber. O caso chegou a ser levado a Delegacia pela mulher, mas, segundo Cleber, o caso foi arquivado.
Nesta segunda, a mãe da candidata abordou Cleber dentro da farmácia e disse a filha que “foi esse o moço que tentou me matar aquele dia”. Segundo ele, ela teria gritado e falado que a situação nunca foi superada por ela. A gerente da farmácia, ao perceber a situação, teria mandado Cleber sair do caixa, mas neste momento, ainda de acordo com o atendente, Pollyana o abordou falando que ele tentou matar sua mãe. Foi quando teria acontecido a agressão registrada no vídeo. “Eu não esperava que ela fosse me bater, até porque é a mãe dela que tem raiva de mim”. A mãe da candidata, segundo Cleber, teria ficado na porta da farmácia e, diante de várias testemunhas, o teria chamado de “veado” e “boiola”, o que é crime.
CONTRAPONTO
Procurada, Pollyana disse que também recebeu ameaça de morte por parte de Cleber. “Há uns anos minha mãe sofreu uma tentativa de feminicídio e atropelamento na avenida que vai para o Distrito de Marcílio Dias. Hoje eu fui na farmácia comprar uma água e quando chegamos minha mãe disse que nunca mais esqueceu do que aconteceu, e o funcionário começou a falar que ele fez e não aconteceu nada, que ele não foi preso, e que se tivesse a oportunidade faria novamente. Eu sou mulher e me senti ameaçada pelo posicionamento dele. E ele começou a se aproximar e ir pra cima falando que se tiver a oportunidade vai fazer de novo até matar. E começou a nos xingar”, conta, afirmando que teme por sua vida.
Reportagem: JMais
