O centro histórico da Lapa, marcado pelo estilo colonial preservado, foi um dos cenários escolhidos para retratar parte da trajetória do cartunista, empresário e escritor Maurício de Sousa.
A gravação do filme que contará a história do criador da Turma da Mônica movimentou a cidade da Região Metropolitana de Curitiba (RMC), inclusive com a participação da população como figurante e locações de empresas locais.
O internacionalista Miguel Eduardo Dawagi dos Santos, de 23 anos, foi um dos figurantes no filme. Ele conta que a produção teve uma preocupação em querer que os moradores da cidade participassem da obra.
As equipes gravaram na cidade de 24 a 28 de outubro. Alguns munícipes que participaram da produção tiveram que assinar um contrato de confidencialidade, por isso, não há muitas imagens detalhando as gravações na cidade.
“Era uma busca por moradores da cidade mesmo para serem figurantes. Eu logo me inscrevi e deu certo de me chamarem. Foi uma semana com muito sol, eles conseguiram aproveitar bastante. Eu participei no último dia… Foi uma correria, porque era o último dia das gravações como um todo do filme, não só na Lapa”.
Na Lapa, segundo Miguel, dois períodos da vida do Maurício de Sousa estavam sendo contados: a infância e a juventude.
A Prefeitura da Lapa explicou que a escolha da cidade como um dos cenários do longa-metragem se deu pelo acervo arquitetônico preservado, similares à cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, onde o cartunista cresceu.
Entre os cenários utilizados estão a Praça General Carneiro, Colégio Estadual São José, fachadas, ruas e estabelecimentos comerciais, como o Barão Bistrô.
De acordo com Pedro Vasconcelos, diretor do longa que acompanhou as gravações na Lapa, o filme vai contar a história de Maurício de Sousa desde a infância até depois da criação da personagem Mônica, próximo aos 36 anos de idade, quando ele ganhou popularidade no Brasil.
“Achamos na Lapa tudo que precisávamos e muito mais. Um lugar agradável, simpático, acolhedor e que mantém seu centro histórico bem preservado, que por incrível que pareça é muito raro de se encontrar pelas cidades do Brasil […] O Maurício realmente é uma figura para o povo brasileiro muito importante pelo legado que nos ofertou e pelo estimulo à leitura, à criação, imaginação”, detalhou Pedro à assessoria da prefeitura.