21.4 C
São Mateus do Sul
sábado, setembro 7, 2024
InícioCidadesCanoinhasAcusado de assassinar farmacêutica em Canoinhas vai a júri popular nesta quinta-feira

Acusado de assassinar farmacêutica em Canoinhas vai a júri popular nesta quinta-feira

Data:

Compartilhe essa notícia:

Daiane Vogt, 43 anos, foi assassinada a facadas em setembro de 2023. Foto: Reprodução/Facebook.

Bruno César Barbosa, acusado do feminicídio da farmacêutica Daiane Vogt, será julgado nesta quinta-feira (18), dez meses após o crime que comoveu a cidade de Canoinhas. O júri popular acontece no Fórum de Canoinhas e começou às 9h, e deve ser encerrado ainda no decorrer do dia. Nove testemunhas serão ouvidas pela Justiça.

Publicidade

Daiane Vogt, 43 anos, foi assassinada a facadas na madrugada do dia 4 de setembro de 2023, em Canoinhas, em uma casa na rua Paulo Wiese, próximo ao Supermercado Via Atacadista, no distrito do Campo d’Água Verde, onde ela morava há pelo menos um ano com o namorado. A vítima de feminicídio em Canoinhas era farmacêutica e amava música.

Daiane e o acusado de sua morte/Divulgação.

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar atenderam a ocorrência e descartaram a hipótese de que teria ocorrido um suicídio, informação apontada por Bruno, principal suspeito do assassinato, diante dos diversos ferimentos em partes do corpo que a vítima não poderia ter causado nela mesma.

Na noite anterior, às 23 horas, ele chegou a acionar o Corpo de Bombeiros, mas cancelou o atendimento. Ainda na segunda-feira, Bruno foi preso pela Polícia Civil.

Segundo a Polícia, o companheiro de Daiane alterou a cena do crime. A conclusão é dos dois delegados que ficaram à frente da investigação. Os doutores Rui Orestes Kuchnir, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) à época, e Darci Nadal Jr, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), contaram ao Portal JMais que a faca, encontrada na mão da vítima, teria sido colocada por alguém.

O corpo de Daiane apresentava rigidez cadavérica, que indicava que ela estaria morta há, no mínimo, seis horas.

Imagens de câmeras de videomonitoramento, principalmente uma que capta áudio, foram cruciais para desacreditar a versão do acusado, de que Daiane teria se suicidado.


O QUE DIZ A DEFESA

“Teremos muitas lágrimas com certeza”, disse o advogado dr. Charles Eduardo A. Brito, nomeado pelo Estado para defesa do réu, em entrevista ao jornalista Joselito Beluk, no programa Repórter 98, que foi ao ar no horário do meio-dia desta quarta-feira, 17, pela rádio 98 FM. “São duas famílias enlutadas, uma que sofre pelo ente que está preso, outra que sofre pela perda prematura da vítima”, lamenta Brito.

“Estamos já com a nossa linha defensiva pronta, e o que a gente espera da comunidade é que ouça a Defesa, que os eventuais jurados ouçam o que o réu tem a dizer e ouçam os nossos argumentos e que ao final deem a ele a justiça devida, deem a ele o julgamento justo que ele precisa, que a sociedade precisa. A sociedade vai ter a oportunidade de julgar o Bruno amanhã”, destacou o advogado.

Brito falou também sobre a questão do crime ter sido feminicídio. “A gente não quer que haja feminicídio, a gente quer que ele acabe. Mas, nesse caso existe a denúncia de feminicídio, do qual a defesa não concorda, vai ser um ponto de controvérsia que a gente vai debater. Nós entendemos que não há feminicídio. Feminicídio é um crime de gênero, mas no entender da defesa técnica, nem toda mulher que morre é feminicídio”.

“O que a sociedade pode esperar da defesa amanhã é uma defesa batendo em provas, trabalhando inquérito, trabalhando possíveis falhas até o da defesa técnica que deve fazer. É isso que a sociedade pode esperar de nós da defesa, assim como os familiares da vítima terão muito respeito da nossa parte, sempre colocando aquilo que tem que colocar, da maneira exata, sem ferir ninguém”, finalizou Brito.

Redes sociais

51,000FãsCurtir
18,800SeguidoresSeguir
1,160InscritosInscrever

Últimas notícias

Mais lidas