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Protetora dos animais de União da Vitória vai ao RS ajudar em resgates

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Imagem: Arquivo Pessoal
Primeira imagem: Luisa está com cão resgatado, com dupla de cães de resgate que ajudaram em Brumadinho.

Luisa Fecht Bindemann chegou no Rio Grande do Sul na quarta-feira (15), e segue ajudando nos abrigos de animais.

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Para amenizar a tragédia que ocorre no Rio Grande do Sul, organizações de proteção animal de diversos locais do país estão trabalhando para resgatar os bichinhos afetados pelas chuvas.

Luisa Fecht Bindemann, estudante de veterinária da Ugv Centro Universitário e protetora dos animais da “Anjos de Pata”, é uma dessas pessoas que pararam a sua vida para ajudar nos resgates e abrigos de animais das principais cidades atingidas pela catástrofe.

A voluntária relata que a decisão de ir ao Rio Grande do Sul aconteceu logo após receber alguns vídeos da situação dos animais, “Não conseguia ficar parada sem fazer algo pra ajudar esses anjos, que precisam de tanto amor e carinho. Simplesmente pensei comigo, eu preciso ir, falei com a minha família, que ficaram preocupados com a minha decisão de vir sozinha para um lugar que nem conheço, com tanto caos. Tem a questão de crimes de todos os jeitos que estão acontecendo muito aqui na região, eu entendi a preocupação, mas precisava vir”, conta a voluntária.

Chegada no Rio Grande do Sul

Luisa está alojada com um grupo de voluntários de diversos estados do Brasil, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, “O pessoal do Rio de Janeiro veio em excursão, mas eu vim sem conhecer ninguém, achei um pessoal que passava por Curitiba, embarquei e vim. Viemos dia 14 de maio e ficaremos até segunda-feira, 20, ou até quarta-feira, 22, não sabemos ainda”, explicou.

O medo da chega ao Rio Grande do Sul era grande, mas Luisa relata que a recepção das pessoas foi surpreendente, “Viemos prontos, sabendo que estávamos correndo perigo também e que poderíamos passar necessidades, mas chegamos aqui e foi totalmente diferente” relata s voluntária que segue contando sobre a chegada em Gravataí, “Chegamos na Igreja Santa Rita, em Gravataí onde estamos alojados com outros voluntários, fomos recebidos com muito respeito, educação e gentileza. Aqui tem tudo pra nós, colchão, travesseiro, kit higiene, alimentação e cobertas. Não estamos passando necessidades aqui”, conta Luisa.

Que ainda destacou que o problema maior é que na maioria dos horários não tem água disponível para tomar banho e nem para ir ao banheiro, pois falta água em toda a região.

Doações para os animais

As doações chegam diariamente nos abrigos de animais, porém Luisa destacou que alguns locais estão sofrendo com a falta de suprimentos, “Alguns tem mais coisas e outros menos. Anti pulgas, vermífugos e ração são essenciais. São insumos que iremos precisar para os animais durante muito tempo ainda. Até a água baixar totalmente e alguns animais acharem os donos, eles continuarão precisando receber cuidados dos voluntários”.

Abrigos para animais

Em Canoas e Gravataí tem vários abrigos para animais. Um deles localizado em Canoas no Mathias Velho, tem mais de 3 mil animais. “Está lotado, não tem mais como receber animais. Outro abrigo está sendo construído próximo, para os animais que ainda estão sendo resgatados” explicou Luisa.

Segundo a Agência Brasil de notícias, até o dia 14 de maio, já havia mais de 11 mil animais de estimação e silvestres afetados pelas conseqüências das chuvas que atingiram o estado desde o final de abril. A secretaria estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), afirmou que entre os 11.002 animais resgatados até o meio-dia de terça-feira,14, há, principalmente, cães e gatos, mas também aves, guaxinins e cavalos e os resgates ainda continuam acontecendo.

“O abrigo em Mathias, onde tive maior contato, está sendo separado por triagem na rua mesmo, quando os animais saem da água, triagem quando chegam ao abrigo, e dependendo do estado do animal, é feito medicações e internamentos. Os animais que estão saudáveis são colocados logo em casinhas separadas”.

Para Luisa o que mais a está afetando em tudo que está vendo no RS é a tristeza dos animais, “Eles não estão entendendo tudo que está acontecendo, não entendem o porquê tiveram que sair de suas casas, o porquê seus donos não estão com eles. Muitos tutores acabaram falecendo no meio da enchente. Os animais estão sentindo muito também, cada um precisa de muita atenção, carinho e amor” relata a voluntária.

Mesmo vivenciando tanta tristeza, Luisa afirma que estes dias para ela são compensadores, “Estou feliz em poder ajudar, sinto isso forte dentro do meu coração, a gratidão do povo gaúcho por estarmos aqui e a felicidade de quando um animalzinho encontra seu dono ou é adotado é indescritível” lembra Luisa.

Quando um animal encontra seu tutor ou é adorado, é motivo de muita festa nos abrigos:

“Uma história que me marcou muito foi sobre uma gatinha que foi resgatada no momento que eu estava lá no abrigo. Ela chegou e a pessoa que resgatou ela, contou que quando estava navegando, escutou miados desesperados. Então seguiu o miado, entrou na casa e se deparou com a tutora da gatinha já falecida e ela desesperada no teto” relata emocionada. “Ver tanta gente em um só lugar, empenhados com o propósito de ajudar os animais, foi muito emocionante. Coisa que eu não vejo nas nossas cidades. Muitas pessoas julgam por defender os animais, e aqui todos estão com um só amor e interesse, que é ajudar esses anjos. Me sinto acolhida e também compreendida. É gratificante demais poder ajudar!” desabafa a protetora.

Reportagem: Portal da Cidade – União da Vitória

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