Um estudante da Escola de Educação Básica João José de Souza Cabral, de Canoinhas, foi flagrado com uma faca dentro da mochila na semana passada. Colegas dele disseram terem ouvido que ele planejava cometer um “massacre”. O menino, que tem menos de 12 anos, nega.
Segundo a coordenadora regional de Educação, Suelen Wogeinaki, há divergências nos relatos dos alunos. A diretora chamou a família e o Conselho Tutelar quando tomou conhecimento de que havia uma faca na bolsa do aluno.
O Núcleo de Educação e Prevenção (Nepre) foi acionado, e “estivemos na escola em reunião com o conselho deliberativo escolar e pais dos outros alunos envolvidos. A situação foi esclarecida e resolvida”, afirma Suelen.
De acordo com os pais do menino, tudo não passou de um grande mal entendido. A coordenadora conta que eles assumiram a culpa por não terem revistado a bolsa do filho. Eles alegaram que outro filho, de quatro anos, costuma colocar objetos na bolsa do maior, que levou a faca para a escola. O aluno não tinha nenhum registro de má conduta anterior ou caso semelhante.
Suelen afirmou que todas as providências foram tomadas de acordo com orientações da Secretaria de Estado da Educação e de acordo com a legislação. “A escola continua fazendo trabalho de prevenção e orientação com os alunos e famílias”, afirma. Não houve suspensão do aluno, segundo Suelen, porque a legislação não permite.
“O regimento interno da escola diz que a escola e o Conselho Deliberativo escolar decidem, então, a punição foi o aluno trocar de turno”, afirma.
Sobre relatos de preocupação de pais de estudantes da escola, a coordenadora destaca que “os pais tem o direito de mudar seu filho de escola se não se sentem seguros, mas não podemos expulsar um aluno menor de idade. A escola está acompanhando o aluno diariamente assim como a turma toda”, conclui Suelen.