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quarta-feira, abril 24, 2024
InĆ­cioPrincipais destaquesUnidade de IndustrializaĆ§Ć£o do Xisto (SIX) adere a greve nesta sexta-feira (26)

Unidade de IndustrializaĆ§Ć£o do Xisto (SIX) adere a greve nesta sexta-feira (26)

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Greves regionais acontecem hĆ” 19 dias nos estados da Bahia, Amazonas, EspĆ­rito Santo e SĆ£o Paulo. Foto: Portal RDX.

HĆ” 19 dias, petroleiros da Bahia, Amazonas, EspĆ­rito Santo e das bases do Sindipetro Unificado de SĆ£o Paulo estĆ£o promovendo greves regionais.

As principais reivindicaƧƵes da mobilizaĆ§Ć£o tratam da precarizaĆ§Ć£o das condiƧƵes de trabalho e o aumento dos riscos de acidentes, e tambĆ©m o crescimento vertiginoso de casos de Covid nas unidades marĆ­timas e terrestres da empresa. Na sexta (26), a greve vai receber a adesĆ£o dos trabalhadores da Unidade de Xisto (SIX), no ParanĆ”.

Trabalhadores da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim (MG), decidiram, na noite de segunda-feira (22), suspender temporariamente a greve sanitĆ”ria iniciada na unidade. A decisĆ£o foi tomada apĆ³s a PetrobrĆ”s se comprometer, via ofĆ­cio, a atender parte da demanda da categoria em relaĆ§Ć£o a medidas para evitar o aumento do contĆ”gio por Covid-19 na refinaria, que registrou mais de 220 contaminados, sendo 84 trabalhadores de um mesmo setor, com 13 internaƧƵes hospitalares e quatro pessoas intubadas. O aumento da infecĆ§Ć£o coincidiu com o inĆ­cio da parada de manutenĆ§Ć£o na Regap, que ampliou a circulaĆ§Ć£o de pessoas na planta para cerca de 2,2 mil diariamente.

De acordo com Alexandre Finamori, coordenador do Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro-MG), filiado Ć  FederaĆ§Ć£o ƚnica dos Petroleiros (FUP), a PetrobrĆ”s atendeu parte dos pedidos dos trabalhadores em relaĆ§Ć£o Ć  reduĆ§Ć£o de efeito em atividades nĆ£o essenciais. Por isso, os petroleiros decidiram retomar suas atividades e voltar Ć  mesa de negociaĆ§Ć£o com a gerĆŖncia geral da Regap, a fim de verificar a efetividade das aƧƵes da empresa no combate Ć  pandemia no ambiente de trabalho.

ā€œA PetrobrĆ”s se comprometeu em reduzir imediatamente o nĆŗmero de trabalhadores na refinaria. A reduĆ§Ć£o serĆ” escalonada e, atĆ© o dia 31 de marƧo, haverĆ” 70 por cento de reduĆ§Ć£o do efetivo, segundo a empresa”, afirmou Finamori.

COVID AVANƇA EM TERRA E NO MAR

NĆ£o Ć© apenas na Regap que a situaĆ§Ć£o da Covid Ć© alarmante e onde o Sindipetro-MG registrou a morte de quatro trabalhadores terceirizados. Na Bahia, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM) teve cerca de 80 trabalhadores prĆ³prios e terceirizados contaminados, segundo levantamento do Sindipetro-Bahia, e dois deles morreram num intervalo de uma semana. Nesse domingo (21/3), o Sindipetro-Bahia recebeu a notĆ­cia da morte de uma trabalhadora terceirizada de Taquipe, um campo de produĆ§Ć£o terrestre da PetrobrĆ”s na Bahia.

Na Bacia de Campos, o Sindipetro-Norte Fluminense vem registrando uma explosĆ£o de surtos em plataformas da PetrobrĆ”s. Nesta semana, foram registrados casos na P-48, que opera no campo de Caratinga, com dez trabalhadores sendo desembarcados atĆ© o momento. No fim da semana passada, um surto na P-38, unidade do campo de Marlim Sul que estoca o petrĆ³leo produzido na Ć”rea, obrigou a PetrobrĆ”s a interromper temporariamente a produĆ§Ć£o na Ć”rea.

Segundo o mais recente boletim de monitoramento da Covid-19 divulgado pelo MinistĆ©rio de Minas e Energia na segunda (22/03), a PetrobrĆ”s totalizava 5.684 petroleiros contaminados, o que representa 12,2% do total de trabalhadores prĆ³prios da empresa. O nĆŗmero de infectados vem aumentando hĆ” seis semanas consecutivas. Esses dados, no entanto, embora assustadores, nĆ£o refletem a realidade, pois a PetrobrĆ”s omite, desde o inĆ­cio da pandemia, a divulgaĆ§Ć£o dos casos de Covid entre os trabalhadores terceirizados, que sĆ£o os mais expostos Ć  contaminaĆ§Ć£o.

Pelo boletim do MME, por exemplo, consta que 17 petroleiros perderam a vida para a Covid, quando a FUP tem informaƧƵes de que esse nĆŗmero Ć© pelo menos trĆŖs vezes maior, se considerado os Ć³bitos entre trabalhadores terceirizados.

FUP E SINDICATOS CONVOCAM PARA O LOCKDOWN PELA VIDA

ApĆ³s um ano de pandemia, o Brasil se transformou no epicentro do coronavĆ­rus, com o maior nĆŗmero de mortes por dia em todo o mundo. Este processo nĆ£o se deu da noite para o dia, vem sendo construĆ­do por meses pelo governo federal, que desde o inĆ­cio da maior crise sanitĆ”ria do sĆ©culo nĆ£o trabalhou para que a pandemia fosse controlada. Pelo contrĆ”rio, o atual presidente do paĆ­s fez uma sĆ©rie de declaraƧƵes minimizando a gravidade da situaĆ§Ć£o, alĆ©m de estimular o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes no tratamentos da Covid-19, que inclusive vem agravando o quadro clĆ­nico de alguns pacientes, que jĆ” precisaram de transplante de fĆ­gado, por causa do uso das medicaƧƵes indicadas pelo presidente da RepĆŗblica. Hoje, o Brasil Ć© considerado uma ameaƧa Ć  saĆŗde pĆŗblica global, pela OrganizaĆ§Ć£o Mundial de SaĆŗde (OMS).

Por este e outros motivos, como o fim do auxĆ­lio emergencial de R$ 600,00; as centrais sindicais e frentes estĆ£o convocando a classe trabalhadora a parar nesta quarta (24/3). O movimento Ć© chamado DE “Lockdown em Defesa Da Vida e dos Direitos” e terĆ” adesĆ£o da categoria petroleira.

O objetivo da mobilizaĆ§Ć£o Ć© reivindicar a seguranƧa de trabalhadoras e trabalhadores e suas famĆ­lias e chamar atenĆ§Ć£o da sociedade para exigir do governo o devido cuidado com a pandemia e a vacinaĆ§Ć£o da populaĆ§Ć£o.

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