Com o Iguaçu voltando para sua caixa, atingindo a marca de 4,78 metros na tarde de quinta-feira (23), o Vale do Iguaçu agora dá início ao pós-enchente. A primeira preocupação da população é limpar sua casa para poder retornar ao lar. Em União da Vitória, a prefeitura disponibilizou 50 colaboradores e 20 equipamentos para realizar reparos nas ruas do município.
No bairro Cidade Jardim, encontramos diversos moradores puxando móveis que foram estragados pela água para fora da casa. Entre eles estava Glaci Caroline Graef Zaporo, moradora do Sagrada Família, mas que estava no bairro vizinho ajudando uma amiga.
Glaci nos relatou que sua casa foi atingida e que a água derrubou o muro e o portão de sua residência, além de levar embora tudo o que havia dentro do imóvel. Sem poder ficar no local, permaneceu alojada durante 50 dias na casa da família, um mês a mais de estadia do que na enchente de 2014.
A senhora nos contou que já teve oportunidade de sair do Sagrada Família, mas que prefere ficar no bairro que já conhece. “Eu vou conseguir, vou vencer. Eu tenho garra para agarrar e vou ser uma mulher guerreira. Vou continuar. Vou carpir. Vou lutar. Vou fazer o que eu tiver que fazer lá no Sagrada Família porque eu moro do lado do rio, mas água não me atinge. De vento eu tenho muito medo, mas da água não. Dá água a gente corre”, afirmou.