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sábado, novembro 23, 2024
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Medicamento para transplantados pode aumentar a expectativa de vida dos cães

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Só quem tem um cãozinho sabe das delícias que é ter um companheiro de quatro patas sempre ao nosso lado, mas, infelizmente a vida deles é muito mais curta do que a nossa. No entanto, a ciência acaba de descobrir que um medicamento usado para diminuir o risco de rejeição em transplantados pode aumentar a expectativa de vida deles!

Quem está à frente da pesquisa são os cientistas do Dog Aging Project (Projeto de Envelhecimento Canino), que procura entender como os genes, estilo de vida e até mesmo ambiente influenciam o envelhecimento dos animais.

Estudos feitos em ratos de laboratório mostraram que o imunossupressor rapamicina (substância que pode ajudar a combater o processo de envelhecimento) pode prolongar a vida deles em até 14%.

O próximo passo é realizar novos testes para comprovar a eficácia em cães e até em outros mamíferos. Os imunossupressores costumam ser usados para reduzir a eficiência do sistema imunológico e assim diminuir o risco de rejeição de transplantes.

“Até agora ninguém se propôs a praticar a gerontologia canina”, diz a médica veterinária Kate Creevy – líder do projeto, ao explicar o objetivo de sua pesquisa. A gerontologia estuda o processo de envelhecimento e o que fazer para se ter uma melhor qualidade de vida ao longo dos anos.

Seu colega Matt Kaeberlein, professor de patologia na faculdade de medicina da Universidade de Washington, estuda tratamentos antienvelhecimento com rapamicina desde 2006, inicialmente em vermes e moscas.

Segundo ele, diversos seres humanos compartilham processos de envelhecimento semelhantes: “Parece haver processos moleculares compartilhados no processo de envelhecimento que atravessam muitos organismos diferentes”, explica.

A diferença é que, como os seres humanos vivem mais, precisaríamos de muito mais tempo para descobrir os resultados. É por isto que, pelo menos por enquanto, as cobaias precisam ser próximas dos humanos biologicamente, mas com uma vida mais curta.

O trio também busca compreender a ligação entre o tamanho dos animais e a expectativa de vida deles. A ideia é coletar perfis genéticos e dados de exames veterinários de centenas de animais cujos donos colaborarão de forma voluntária, formando assim um grande banco de dados.

Testes

Algumas raças possuem mais chances de desenvolverem certas doenças, como por exemplo golden retrievers o câncer e pinschers, doenças cardíacas. Sendo assim, o grupo pretende testar o imunossupressor e ver se o medicamento é capaz de retardar o avanço destas doenças, dando mais tempo de vida a estes animais.

Se retardar, Kaeberlein afirma que terá encontrado evidências de que “existe uma biologia molecular do envelhecimento” comum a todos os cães e possivelmente outros mamíferos.

Para realizar os testes, Kaeberlein administrará a rapamicina ou um placebo a 500 cães de meia idade por três anos. Ao comparar a vida útil dos cães que tomaram a droga com os que comem placebos, ele diz ser capaz de determinar se seu tratamento realmente funciona.

Diversos testes já mostraram a possível eficácia da rapamicina em animais, que pode aumentar a atividade cardíaca nos animais, o que pode ser interpretado como uma melhora na cognição.

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