O recém-chegado Threads, lançado pela Meta para concorrer com o Twitter, perdeu fôlego e enfrenta queda de usuários ativos e engajamento apenas duas semanas após ser aberto ao público. Os dados são de estimativas da empresa Sensor Tower, revelados pelo jornal “The Wall Street Journal”.
De acordo com a reportagem, o engajamento da plataforma caiu 70%, na comparação com o pico registrado em 7 de julho. Atualmente, são cerca de 13 milhões de usuários ativos.
O tempo médio de permanência na plataforma também caiu, passando de 19 para 4 minutos. Nos Estados Unidos, para usuários com Android, o pico foi de 21 minutos no dia do lançamento, em 5 de julho.
Enquanto isso, o Twitter mantém diariamente 200 milhões de usuários ativos, com tempo médio de permanência na rede social de 30 minutos por dia, segundo o Sensor Tower.
Ao The Wall Street Journal, a Meta afirmou que esperava um declínio depois que o aplicativo chegou a 100 milhões de usuários inscritos. A empresa disse que não vê a queda com preocupação e que trabalha para lançar novos recursos para o Threads.
Nos primeiros dias após ser disponibilizado nas lojas de aplicativos para sistemas Android e iOS, o Threads impressionou pela rápida adesão, impulsionada principalmente pela integração ao Instagram. A marca de 100 milhões de usuários foi atingida após 5 dias de lançamento.
Em desenvolvimento
Anunciado como um espaço de “atualizações em tempo real e conversas públicas”, o Threads se parece muito com plataformas como Twitter, Bluesky e Mastodon.
Ele suporta posts com até 500 caracteres, além de links, fotos e vídeos de até 5 minutos. Também é possível curtir, comentar e compartilhar o que outras pessoas publicaram.
Uma diferença para o Twitter é que o Threads não tem área de trending topics, que mostra assuntos mais comentados na rede. Segundo a Meta, esse recurso será lançado no futuro.
Outra limitação é que a rede social ainda não permite uso de hashtags nem buscas por palavras-chave, o que pode trazer dificuldades a futuros anunciantes.
Atualmente, o Threads ainda não tem anúncios. O dono da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que planeja monetizar a plataforma quando ela estiver em um caminho claro para a marca de 1 bilhão de usuários.