Os três menores que assassinaram o taxista Aloir Jankovsky, de 64 anos, confessaram o crime e disseram que o mataram porque ele reagiu ao assalto.
Segundo o relato do trio de 14, 15 e 17 anos respectivamente, a intenção inicial era roubar o veículo, mas o plano tomou outro rumo quando o taxista, ao ser rendido, tentou resistir ao assalto. Nesse momento, acabou sendo esfaqueado pelo menos oito vezes e o corpo da vítima foi colocado no banco traseiro do veículo sendo abandonado em uma área rural, próximo à localidade canoinhense da Encruzilhada, pouco antes do acesso a Bela Vista do Toldo. De lá os criminosos fugiram com o carro e foram detidos em Joinville.
Além dos adolescentes, a Polícia Militar apreendeu a faca utilizada no crime, dois celulares, e uma quantia em dinheiro que estava dividida entre os três. O veículo também foi apreendido e todos foram conduzidos à Central de Polícia para os procedimentos legais. Pouco tempo depois, o corpo do taxista foi localizado na área mencionada pelos criminosos, encerrando as buscas.
Os adolescentes já possuem histórico de envolvimento em outros atos infracionais. Como são menores, a Justiça deve pedir o internamento deles em uma fundação destinada a menores infratores.
AFLIÇÃO DA FAMÍLIA
A filha de Aloir contou à Polícia que o pai não costuma fazer corridas durante a noite, mas teria aceitado levar um rapaz do posto Piedade, que fica às margens da BR-280, em Canoinhas, até a cidade de Bela Vista do Toldo porque conheceria o rapaz. Ele não teria falado em três pessoas. O chamado para a corrida teria acontecido às 19h.
O taxista foi visto pela última vez por volta das 20h, quando sua filha, preocupada com o sumiço do pai, começou a tentar buscar informações
através de ligações e mensagens. Devido à demora no retorno e sem respostas às ligações, ela acionou a Polícia Militar relatando o desaparecimento.
A Central de Operação da Polícia Militar (Copom) de Canoinhas já havia recebido informações de movimentação suspeita de um táxi de Canoinhas, com as características da GM Tracker do taxista em questão, em outras cidades da região. Assim, a Polícia Militar iniciou uma busca intensa, monitorando o trajeto do veículo através de um sinal da companhia de seguro. O carro teria passado por Mafra, Rio Negro (PR) e Rio Negrinho e, já em Joinville, a Polícia conseguiu abordar a Tracker. Dentro do carro, foram encontrados os três adolescentes, que confessaram o crime.
INQUÉRITO
Segundo o delegado Darci Nadal Junior, que assumiu o inquérito, os três menores permanecem apreendidos na Delegacia de Joinville, mas devem ser trazidos para Canoinhas, onde serão apresentados ao Ministério Público. Eles devem ser indiciados pela prática de ato infracional análogo ao latrocínio.
Menores infratores, via de regra, são levados a uma fundação de reeducação onde podem ficar pelo tempo máximo de três anos. Ao completarem 18 anos a ficha criminal deles é limpa automaticamente.