Segundo o prefeito Jorge Derbli, contrato com empresa responsável pelos aparelhos foi encerrado. Nova empresa deve assumir os trabalhos de fiscalização na rodovia em breve/Texto de Paulo Sava, com reportagem de Rodrigo Zub e Juarez Oliveira.
Quatro radares que estavam instalados no trecho urbano da rodovia foram retirados na semana passada. Em entrevista no programa Meio Dia em Notícias, o prefeito Jorge Derbli disse que foi informado pela assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), que administra a rodovia, que o contrato com a empresa responsável pelos aparelhos foi encerrado, uma vez que era um serviço terceirizado.
Uma nova empresa foi contratada e, em breve, os radares devem ser reinstalados, de acordo com o prefeito. “Terminou o contrato, os caras vieram aqui, arrancaram os radares e foram embora. Eles podem ter ido instalar em outra rodovia ou estado. O novo contrato com a nova empresa já está feito e dentro de alguns dias vão reinstalar os radares aqui na entrada do loteamento Village Sollaris, também perto do Mercado Cupim, em Engenheiro Gutierrez e na chegada ao Riozinho, que são imprescindíveis”, frisou.
Derbli acredita que, no lugar do radar, deveria ser feita uma rotatória nas proximidades do cruzamento da rodovia com a Rua Coronel Pires. Ele ainda confirmou que o DNIT autorizou a construção de uma travessia elevada nas proximidades do Parque da Vila, que já está sendo licitada.
“Nós pedimos a travessia elevada e o DNIT autorizou uma que estamos licitando pela Prefeitura. Eu quero fazer uma travessia elevada porque o DNIT não permite que obras urbanas sejam feitas em rodovias federais, mas não podíamos permitir que uma rodovia federal passasse pelo quadro urbano. Não tem lógica, e a lei só prevalece para eles? Vamos fazer esta travessia elevada e acredito que os radares vão permanecer nos mesmos lugares”, pontuou.
Outras melhorias – Ainda sobre a BR 153, no último dia 04 de junho, uma comitiva formada por Derbli, que é presidente da Amcespar, e pelos prefeitos Luiz Everaldo Zak (Rebouças), Celso Kubaski (Imbituva), Moacir Szinvelski (Mallet) e por alguns vereadores de Rebouças e Irati, esteve em Curitiba para conversar com o superintendente do DNIT no Paraná, Hélio Gomes da Silva Júnior, sobre a situação da rodovia. Naquela oportunidade, Derbli afirmou que uma nova empresa deve iniciar uma operação de tapa buracos. O prazo dado para o início das obras foi entre 10 e 15 dias. No entanto, o prefeito afirmou que o prazo já se encerrou.
Derbli afirmou que irá cobrar novamente do superintendente do DNIT o reinício das obras. “Falei para ele que estive com os prefeitos e vereadores lá para espremê-lo e não cumprimentá-lo, pois ele tem que resolver este assunto. Deus me livre dos buracos da BR 153 do jeito que estão. É complicado porque não é só o problema material, mas pode acontecer um acidente, uma morte, um atropelamento, além de uma roda e de um pneu, que custam caro. Nós cobramos dele e está na hora de darmos uma apertada. Eu quero ver se ligo para verificar, pois o nosso compromisso foi firmado em Curitiba”, frisou.
O prefeito contou que o trabalho de recuperação da rodovia vinha sendo feito de forma muito precária. “O que é isto? Você coloca um funcionário em cima do caminhão que, com uma pá, joga (o material) de cima do caminhão no buraco sem limpar, sem tirar a água e sem tirar o material. Só tampa ali, mas na primeira chuva, o material vai embora. Daí, eles começaram a fazer alguns serviços, mas muito mal-feitos. Eu conheço um pouco de pavimentação, mas é um serviço que a população viu o que foi feito. Só ali no Riozinho, próximo ao radar, foi arrumado duas vezes”, finalizou.
Na semana passada, o DNIT iniciou a instalação de 124 radares nas rodovias federais do Paraná. Os equipamentos são de uma nova empresa contratada (a mesma citada por Derbli) e alguns irão substituir aparelhos usados pela antiga empresa que realizava esse trabalho. Conforme o DNIT, os equipamentos serão instalados em locais que já eram monitorados e também em novos pontos que possuem fatores considerados de riscos.
A escolha contempla prioritariamente os pontos críticos das estradas, levando em conta os trechos com grande número de acidentes. O DNIT informou ainda que antes dos aparelhos entrarem efetivamente em operação, algumas etapas importantes estão sendo cumpridas, incluindo a elaboração dos estudos técnicos pela empresa que venceu a licitação, a aprovação desses levantamentos pelo DNIT e a aferição dos medidores pelo Inmetro. A previsão é que os novos radares comecem a funcionar gradualmente a partir de julho.
Reportagem: Najuá