Ressignificar. Em algum momento você já parou para analisar essa palavra? O peso que decidir ressignificar pode ter, a gente só descobre quando escolhe esse caminho. E foi exatamente assim que Débora Bonini Becher e Nicolas Becher, de Curitiba, viram o rumo de suas vidas mudar. Ao invés de transformar a deficiência do filho em pesadelo e negação, eles decidiram ressignificar. O pequeno José, que completa 8 meses nesta quarta-feira (28), é um exemplo vivo de que nada é impossível.
O casal, que foi entrevistado do programa Oi, Oi, Gente Querida, na Rádio Banda B, descobriu que José não seria normal (pelo menos não aos olhos de nós, humanos), enquanto Débora ainda estava gestante. Era para ser apenas uma ultrassom de rotina.
“A gente foi fazer a morfológica, e o médico começou pela cabecinha. Quando ele aumentou a ultrassom, ele viu que o José não tinha os membros. Quando a gente descobriu, não tinha outra forma de o médico falar se não sendo mais direto possível. Foi muito doloroso, muito difícil”, disse a mãe de José.
A deficiência de José é chamada de focomelia, uma anomalia congênita que se caracteriza pelo desenvolvimento defeituoso dos ossos longos dos braços e das pernas, além de mãos e pés. No caso da focomelia, pode variar sobre como isso ocorre, até a ausência das extremidades.
O que poderia significar negação, deu ao casal um novo sentido de vida. Mas não sem antes entenderem o que estavam passando.
O entendimento de que José era para estar aqui veio muito antes, antes mesmo que o próprio casal tivesse essa noção. Em 2022, Débora e Nicolas perderam um filho. Um ano depois, na mesma data, em 28 de dezembro de 2023, José nasceu.