Um dos maiores sucessos fora da Globo foi a novela Pantanal, que foi ao ar na extinta TV Manchete em 1990. A trama foi escrita por Benedito Ruy Barbosa, que posteriormente retornou à emissora carioca e escreveu vários sucessos.
Muita gente acredita que é impossível que o canal produza um remake da história, já que ela foi ao ar em uma emissora diferente, mas isso não é verdade. Ao menos é o que garante o colunista Flávio Ricco, do portal R7.
De acordo com a publicação, a Globo está negociando diretamente com Benedito a compra dos direitos da trama. E as negociações estão muito avançadas, embora nenhuma informação seja oficial até o momento.
Já existiram rumores de que a ideia da empresa seria fazer um remake para o GloboPlay, mas a intenção é levar ao ar diretamente na TV aberta. Embora o autor esteja aposentado, Edmara Barbosa e Bruno Luperi, sua filha e seu neto, devem tocar o projeto.
Há 30 anos, Pantanal assombrava a Globo e liderava no Ibope
Em 1990, ano em que a extinta TV Manchete investia US$ 50 milhões para tirar o SBT do segundo lugar, a emissora estreava em 27 de março a novela Pantanal, que fez história na TV.
Em meio a novelas urbanas, Pantanal surgia como uma opção para o telespectador. A trama significava naquela época o fim de um monopólio, o que não veio a se concretizar.
Com uma bela abertura e imagens similares aos do canal National Geographic, Pantanal foi escrita por Benedita Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim.
A saga de Pantanal contava a história de José Leôncio (Paulo Gorgulho) e seu pai Joventino (Cláudio Marzo), que chegam ao pantanal para aumentar o rebanho de um tipo de boi selvagem (marruás), quando o fazendeiro desaparece durante uma caçada. Depois, o filho, que já está rico, vai até ao Rio de Janeiro e engravida Madeleine (Ingra Liberato).
A segunda fase ocorre 25 anos depois, quando Jove (Marcos Winter) viaja ao pantanal para conhecer o pai e se relaciona com Juma Marruá (Cristiana Oliveira), que conseguia se transformar em onça pintada, segundo relatos.
A história que começou com 7 pontos rapidamente cresceu e se tornou um fenômeno, superando os 30 pontos de audiência. Ao Jornal do Brasil em abril de 1990, o autor disse que o que estava acontecendo era um sonho. “A Globo rejeitou a sinopse há seis anos [1984] por achar que ia ser difícil gravar no pantanal”, recordou.