Sandro Uller, de 44 anos, assassino confesso de Pedro Nichelski, 63 anos, já havia cumprido 19 anos de prisão condenado por estupro e homicídio. Ele disse em depoimento ao delegado da comarca Darci Nadal Junior, que teria matado a vítima para poder voltar à prisão. Sandro saiu da cadeia em janeiro deste ano, sem dinheiro ou lugar para morar e foi acolhido por Pedro como inquilino. Eles moravam na rua Canoinhas, no distrito do São Cristóvão, em Três Barras.
“Durante o interrogatório, ele decidiu apresentar a versão dele e relatou que passou muito tempo preso. Disse que não consegue mais se adequar ao convívio em sociedade, razão pela qual decidiu cometer outro crime para voltar à prisão”, relatou o delegado ao site G1 SC.
Pedro era evangélico e orava no momento do crime. Incomodado com as orações de Pedro, Sandro invadiu a casa do vizinho com o qual morava de parede e meia e o assassinou com golpes de martelo na manhã de quinta-feira, 27.
Em seguida ele colocou fogo no colchão onde estava o corpo de Pedro. Ainda não se sabe se a vítima já estava morta ou morreu em decorrência do fogo. As chamas se alastraram e destruíram a casa de madeira. Depois ele ainda telefonou para o 190 e confessou o crime se entregando logo em seguida.
Sandro está preso na Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas. Nesta sexta-feira, 28, a Vara Criminal de Canoinhas aceitou pedido da Polícia Civil e converteu a prisão do suspeito para preventiva. O homem deve ser indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e incêndio criminoso.
O delegado aguarda o laudo da perícia para entender se o homem colocou fogo na vítima ainda viva ou não. Nadal afirmou ao G1 que já foram ouvidas todas as testemunhas e aguarda os resultados dos laudos cadavérico e do local do crime para finalizar o inquérito policial.