Aos 17 anos, a estudante Rafaela Furlanetto Liberali desenvolve, no clube de ciências do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, em Toledo, uma pesquisa que objetiva reduzir o tempo de germinação de orquídeas, processo que demora entre 3 e 10 anos, dependendo da espécie. Foi com esse projeto, intitulado “Meio de cultivo DIO: Uma alternativa simples e rápida para a produção de orquídeas”, que Rafaela foi convidada a participar do London International Youth Science Forum (LIYSF), que teve início nesta quarta-feira (28) e que acontece até 11 de agosto, sempre com encontros virtuais.
“O cultivo de orquídeas é muito caro para laboratório. Já na natureza, é um processo demorado. Por isso, pensamos em acelerar o processo de germinação com um custo reduzido, testando extratos vegetais, que ajudam a diminuir o tempo de cultivo. O melhor extrato que testamos foi o de nó de pinho”, explica Rafaela. Em 2020, a aluna apresentou a pesquisa em 20 eventos científicos nacionais e internacionais, conquistando premiações em 11 deles.
Na Fecitec de Viçosa, em Minas Gerais, ela recebeu como prêmio de segunda colocada a credencial para participar do London International Youth Science Forum, com inscrição paga. Entre os requisitos para expor o projeto no evento, estão desenvolver um projeto de relevância, ter no mínimo 16 anos e ser fluente em inglês, uma vez que os próprios estudantes devem apresentar sua pesquisa, sem intérpretes.
“Estava um pouco ansiosa, mas foi muito legal participar da abertura. Foi um meet para conhecer outros participantes”, conta Rafaela. A abertura foi nesta quarta. O programa seleciona estudantes de diversos lugares do mundo para conversar em salas virtuais. Na sala de Rafaela, havia outros 13 participantes, de países como China, Índia, Bolívia, Espanha, Emirados Árabes e Itália.
CLUBE DE CIÊNCIAS – Rafaela desenvolveu sua pesquisa dentro do Clube de Ciências do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, onde a professora Dionéia Schauren acompanha todos os projetos e experimentações. “Temos muitos alunos aqui que querem ser cientistas. Todos os anos, eles submetem seus trabalhos para congressos e feiras”, diz a professora.
Além de Rafaela, outra estudante do clube que participou de eventos internacionais foi Ana Carolina Gonçalves Selva, que representou o Paraná na Regeneron ISEF 2021, maior feira internacional de Ciências e Engenharia. “Temos muito orgulho de ver todos os projetos que nascem aqui”, celebra Dionéia.