Duas empresas fumageiras assinaram protocolo de reajuste do fumo, segundo a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). A primeira empresa a negociar foi a JTI, que apresentou reajuste de 19,25% para o Virgínia e o Burley e R$ 1 de complemento para as classes de Virgínia, com qualidade superior, como plus. A JTI apresentou a proposta durante reunião de definição de preço de tabaco para safra 2021/2022, que ocorreu na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), em Santa Cruz do Sul (RS), nos dias 26 e 27 de janeiro.
Durante as reuniões na semana passada, para definição do preço, as demais empresas finalizaram a negociação sem acordo. A Premium Tabacos propôs índices abaixo do custo de produção e a China Brasil Tabacos apresentou apenas o reajuste do custo de produção. A Universal Leaf Tabacos e a UTC trouxeram propostas somente nessa segunda rodada de negociações, mas que ficaram muito aquém do solicitado pelas entidades. As demais empresas não trouxeram novas proposições de preço.
A Philip Morris não participou dos encontros na sede da Afubra nos dias 26 e 27 de janeiro, pois não realizou o levantamento de custo de produção em conjunto, fator determinante para participação nas negociações.
Na manhã desta quinta-feira, 3, representantes da BAT (antiga Souza Cruz) procuraram a Afubra e assinaram o protocolo com a representação dos fumicultores, para estabelecer uma tabela de preços para a safra. Após oferecer um reajuste de 13,8% na primeira rodada de negociação e de 15,4% no segundo encontro, a BAT assinou protocolo com um reajuste de 18,79%, linear, e com a readequação do valor de algumas classes. Com essa readequação a tabela da BAT torna-se, novamente, a que tem os maiores valores do setor tabaco, até o presente momento.
Além da Afubra, a comissão representativa dos produtores de tabaco é composta pelas Federações dos Trabalhadores Rurais – Fetag, Fetaesc e Fetaep, e pelas Federações da Agricultura – Farsul, Faesc e Faep, de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.
PROPOSTAS DE CORREÇÃO PARA TABACO – Safra 2021/2022
Empresa | Custo de produção* | Proposta fumicultores | Proposta fumageiras1ª rodada (20 e 21/12/2021) | Proposta fumageiras2ª rodada (26 e 27/01/2022) | |
JTI** | 14,23% | 22,23% | 16% | 19,25% + R$ 1,00 (plus) | |
BAT** | 16,51% | 24,51% | 13,8% | 18,79% | |
China Brasil Tabacos | 18,83% | 26,83% | 15% | 18,83% | |
Alliance One | 28,43% | 36,43% | 15% | não apresentou | |
Universal Leaf Tabacos | 20,37% | 28,37% | não apresentou | 15,2% variedade Virgíniae 20% para Burley | |
Premium Tabacos | 18,56% | 26,56% | 13,28% | 15% | |
CTA | 22,67% | 30,67% | 15,3% | não apresentou | |
UTC | 19,24% | 27,24% | não apresentou | 15,3% |
* O custo de produção foi definido pelas entidades representativas dos fumicultores e empresas fumageiras.
** JTI e BAT assinaram protocolo com as entidades representativas dos fumicultores.
Com informações da Afubra