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Guerra: Moradores de Kiev formam longas filas de carro tentando sair da capital da Ucrânia

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Fotos da capital ucraniana Kiev, na manhã desta quinta-feira (24), mostram longas filas de carro tentando sair da cidade após a Rússia lançar um ataque contra o país nesta madrugada.

O trânsito pesado parece estar se movendo para o oeste, longe de onde as explosões foram ouvidas pela manhã, com poucos carros indo para o leste.

Tiros e explosões foram ouvidos na madrugada desta quinta-feira (24) em diversas partes da Ucrânia logo após a Rússia anunciar uma operação militar no país vizinho.

O repórter Mathias Brotero, da CNN Brasil, está em Kiev, capital da Ucrânia, e relatou ter ouvido barulhos que podem ser de explosões.

Repórteres de equipes da CNN em Kiev, ouviram explosões na direção do aeroporto internacional da cidade. Nas redes sociais, usuários relataram ter ouvido várias explosões na área de Boryspil, a leste da capital, onde o aeroporto internacional está localizado, a cerca de 25 quilômetros da cidade. A CNN não confirmou que o aeroporto foi alvo.

Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia localizada no nordeste do país, uma equipe da CNN relata ter ouvido um “fluxo constante de explosões”.

Em Kramatorsk, cidade ao leste do país localizada a cerca de 120 quilômetros de Donetsk, duas pessoas disseram que ouviram pelo menos duas explosões. Na região, controlada por separatistas, tiros de artilharia foram ouvidos nesta quinta-feira.

Em Mariupol, moradores disseram à CNN que ouviram explosões vindas do leste da cidade, localizada no sudeste do país. Já em Odessa, uma equipe da CNN ouviu duas sequências de explosões, com cerca de 20 minutos de intervalo entre elas. Em Zaporizhzhia, uma equipe de reportagem disse ter ouvido pelo menos uma explosão distante.

Além disso, uma equipe da CNN na cidade russa de Belgorod, que fica a cerca de 80 quilômetros ao norte de Kharkiv, disse ter ouvido um fluxo regular de baques que soavam como fogo de artilharia.

Separatistas apoiados pela Rússia disseram nesta quinta que lançaram uma ofensiva na cidade de Shchastia, controlada pela Ucrânia, na província de Luhansk, disse a agência de notícias russa Interfax.

O ataque russo

Após dias de escalada de tensão e ameaças, a Rússia de Vladimir Putin atacou a Ucrânia nas primeiras horas desta quinta-feira (24).

Pouco depois de Putin ter autorizado, em pronunciamento pela TV, uma operação militar nas regiões separatistas do leste da Ucrânia, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país, segundo relatos de repórteres da CNN.

Em seu pronunciamento, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que impôs a lei marcial no país e pediu que a população permaneça calma.

“Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país”, declarou.

O ministro ucraninano de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, afirmou que Putin ordenou invasão de larga escala. “Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão”, escreveu.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia descreveu a ação militar da Rússia como um “ato de guerra”, em um comunicado publicado nas redes sociais.

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