Natanael Ronerson Kovalski que é natural de União da Vitória e também Sargento do Corpo de Bombeiros do Paraná está atuado até o próximo dia 21 de fevereiro como combatente dos grandes incêndios florestais que assolam região centro sul chilena.
Até agora, 26 pessoas morreram e outras 2.180 ficaram feridas no país. Além de Natanael outros 36 brasileiros que fazem parte da Força Nacional estão no Chile desde o dia 15 em um trabalho conjunto de tentar controlar as chamas e prestar auxilio a população local.
Incêndios
Os incêndios florestais são comuns nesta época de verão com recorde de temperaturas altas no Chile, mas neste ano se intensificaram mais do que o normal em ao menos quatro regiões do país: Maule, Ñuble, Biobío e Araucanía.
São ao menos 300 focos de incêndio que se alastram por zonas rurais e ganham mais força ao encontrarem a vegetação mais robusta existente nos parques nacionais.
Composta por bombeiros militares, policiais militares e civis de diversos estados, a Força Nacional brasileira atua em ações de ajuda humanitária, situações de calamidade pública e emergências.
Os governos da Espanha, México, Colômbia, Venezuela, Equador e Argentina também já enviaram suporte, totalizando cerca de 3 mil brigadistas e 3,6 mil bombeiros voluntários atuando na catástrofe ambiental.
Natanael Ronerson Kovalski, já tem experiência com operações de emergência internacionais
Em 2019, ele esteve em Moçambique após a passagem de um ciclone pelo país africano. Dois anos depois, participou de uma operação no Haiti em decorrência dos terremotos de 2021. Kovalski está hoje mobilizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, atuando no Força Nacional.
“Sempre que eu participo de uma operação penso que vou representar o nosso Estado e o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná. É um orgulho fazer parte desta equipe e estar integrando a Força Nacional nesse combate”, afirmou.
Desde o primeiro dia em que chegaram à região de Maule, no Centro-Sul chileno, os paranaenses e demais bombeiros e policiais brasileiros não perderam tempo e iniciaram as operações sob o comando da brigada chilena.
“Assim que chegamos recebemos a nossa primeira missão. Fizemos o reconhecimento da área e permanecemos a noite inteira fazendo a proteção de algumas casas que estão próximas da floresta e corriam o risco de queimar”, informou.
Na sexta-feira, 17, os profissionais foram transportados por aeronaves junto com uma comitiva espanhola para atuarem em uma região de mais difícil acesso na montanha, onde fazem um trabalho preventivo. Para isso, os militares utilizam motosserras e outros equipamentos para derrubarem árvores e limparem o terreno, criando linhas de proteção na floresta para evitar que o fogo continue a se propagar.
“Vamos construir os aceiros, que são linhas de proteção, que diminuem a velocidade de propagação das chamas e seguram o incêndio para que ele não destrua o Parque Nacional, que é uma área de proteção ambiental próxima ao vulcão Maule”, explicou o sargento.
O soldado da Polícia Militar do Paraná Geovane Lins Mota dos Santos foi o condutor do ônibus que levou a tropa brasileira de Brasília, na sexta-feira, 10, até a comuna de Longaví, no Chile, onde chegaram na última quarta, 15.
Em 2019, Santos já havia trabalhado nas operações de resgate da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, quando o rompimento de uma barragem deixou 270 mortos, três desaparecidos e milhares de desabrigados.
Ele é um dos quatro policiais militares brasileiros presentes na operação no Chile, o que considera um motivo de orgulho em sua carreira.
“É um momento ímpar na minha vida profissional e pessoal em que acima de tudo buscamos proteger e ajudar as pessoas”, relatou. “É uma realização profissional sem igual, em que eu busco levar, sempre que posso, a bandeira do Paraná”.