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IDR-Paraná estuda quais espécies de árvores protegem melhor os cafezais de geadas

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Trabalho que vem sendo desenvolvido em Londrina avalia sete espécies. Candiúba e pau-jangada são as mais promissoras. É um dos maiores experimentos do tipo realizados no País. São avaliados impactos do tamanho, arquitetura e densidade da copa das árvores. Foto: IDR/Paraná.

A técnica de usar o sombreamento para reduzir danos por geadas em lavouras de café é conhecida há muito tempo, mas o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar – Emater (IDR-Paraná) vai adiante e quer saber quais espécies de árvores dão melhores resultados nesta prática. Para responder essa questão, desenvolve há mais de 10 anos, em Londrina, no Norte do Estado, um estudo envolvendo sete espécies. É um dos maiores experimentos do tipo realizados no País.

A proposta de arborizar lavouras de café tem o objetivo de interferir no microclima para favorecê-la com redução da amplitude térmica — aumento das temperaturas mínimas e redução das máximas. Para isso, é preciso avaliar os impactos do tamanho, arquitetura e densidade da copa das árvores e, também, aspectos relacionados ao manejo do sistema, como distribuição de árvores, espaçamento e até eventual necessidade de podas, de acordo com a pesquisadora.

A pesquisa começou em 2012 e utiliza a cultivar de café IPR 98, desenvolvida por pesquisadores da área de melhoramento genético do próprio IDR-Paraná. As árvores foram escolhidas por sua adaptabilidade às condições de solo e clima da região, pelo crescimento rápido e, ainda, o potencial para produzir lenha, já com o objetivo de oferecer ao produtor um segundo produto de valor comercial na mesma área.

Candiúba (Trema micrantha) e pau-jangada (Heliocarpus popayanensis) apresentaram, até agora, o melhor desempenho. “Após episódios de geada, verificamos menos da metade de desfolha e redução em 30% da mortalidade de plantas de café nas lavouras consorciadas com essas espécies”, relata a pesquisadora Patricia Helena Santoro.

O estudo avalia, também, as árvores moringa (Moringa oleifera), capixingui (Croton floribundus), gliricídia (Gliricidia sepium), manduirana (Senna macranthera) e bracatinga (Mimosa scabrella).

Patrícia Santoro explica que a extensão dos danos ocasionados por geadas é determinada pelo volume de massa de ar polar que penetra na região produtiva, sua duração e, ainda, por características do próprio cafeeiro, como idade, nutrição, vigor e sanidade. “O formato da copa, a quantidade de árvores e sua distribuição no cafezal definem o nível de proteção”, conta.

“Para compreender as interrelações no sistema, avaliamos sistematicamente os parâmetros relacionados ao desenvolvimento das árvores e dos cafeeiros, como produtividade e qualidade dos grãos, aspectos do microclima, incidência de pragas, doenças e plantas daninhas, entre outros”, conclui a pesquisadora.

Com informações AEN

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