Conforme estatísticas apontadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no censo de 2022, 10.142 residências no município tinham fossas sépticas que não eram ligadas à rede de saneamento básico.
O número total de fossas sépticas ligadas à rede no município, era de 1.369. Informações do censo evidenciam, ainda, que no período de 2022, eram 3.898 fossas rudimentares – a maior quantidade no Planalto Norte – e 23 valas, em Canoinhas.
Os dados evidenciam mais uma vez a lentidão com a qual a rede de esgoto vem sendo instalada em Canoinhas pela Casan. Atualmente, apenas 27% do município é coberto pelo esgotamento sanitário desde a coleta até o tratamento, conforme informações da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
As primeiras ligações foram feitas há quase 10 delas e de lá pra cá houve pouco avanço. Em 2015, a Casan iniciou as primeiras ligações de esgoto à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), instalada no distrito do Campo d’Água Verde, em Canoinhas. Desde a década de 1960, quando a Casan começou a explorar a distribuição de água na cidade, já havia a promessa de esgoto.
À época, a primeira etapa englobava 2,5 mil imóveis espalhados pelo centro e parte do distrito do Campo d’Água Verde. Somente em 2012 foi celebrado um contrato que previa ao longo dos 30 anos seguintes a Casan contemplaria todo o Município com rede de esgoto.
Em toda a região do Planalto Norte, o município com maior número de fossas sépticas ligadas à rede de esgoto é Porto União (4.164), na sequência, Papanduva com um total de 3.048 fossas ligadas à rede. Canoinhas ocupa o terceiro lugar, nesse aspecto.
Os números relacionados a fossas sépticas não ligadas à rede de esgoto, no entanto, são maiores em todos os municípios. Nestes casos, quando os resíduos chegam ao limite, os proprietários podem contratar empresas especializadas para realizar a limpeza da fossa, ou simplesmente tapá-la e abrir outra na propriedade.
Em relação a essa modalidade, Canoinhas fica em segundo lugar dentre os municípios do Planalto Norte. Mafra é o município com o maior número de fossas não ligadas à rede, com 16.064. Depois de Canoinhas, vêm Itaiópolis (3.654), Três Barras (3.215), Porto União (2.178) e Monte Castelo (1.934).
Canoinhas ocupa, ainda, primeiro no lugar no que diz respeito a fossas rudimentares ou buracos que, de qualquer forma, têm de ser tapados quando atingem o limite, com 3.898 propriedades fazendo uso desta modalidade. Em seguida, os municípios de Itaiópolis (3.147) e Mafra (2.861).
Dados mais alarmantes constam no levantamento do IBGE quanto ao número de propriedades que realizam o descarte deste tipo de resíduo diretamente em rios, lagos ou córregos. Canoinhas tem 12 propriedades que fazem o descarte desta forma, porém, em Papanduva, são 45. Esse tipo de situação implica no despejo direto de resíduos, sem qualquer tipo de tratamento, em águas pluviais.
Estatística que chama a atenção, ainda presente no censo de 2022 publicado pelo IBGE, se refere a quantidade de banheiros em imóveis nos municípios do Planalto Norte. Dados relacionados a Canoinhas, por exemplo, apontam que há somente um imóvel sem banheiro no município, assim como em Porto União.
Em Bela Vista do Toldo e Itaiópolis são cinco imóveis sem banheiro, em cada um dos municípios. Em Três Barras, Mafra e Papanduva são quatro casos. Já em Major Vieira, ao menos de acordo com as estatísticas do IBGE, todos os imóveis possuem sanitários.
Reportagem: JMais