O mercado nacional do biodiesel tem perspectiva de crescimento para 2024. Com a determinação do Ministério de Minas e Energia de aumento no percentual desse combustível de 12% para 14% na composição do diesel, a expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) é que a demanda por esse insumo no mercado nacional suba para 8,9 bilhões de litros – 22% de aumento na comparação com 2023.
O Grupo Potencial é a maior empresa produtora de biocombustível concentrada em uma só planta no Brasil e a terceira maior do mundo. A companhia tem como base da produção do combustível o óleo vegetal (75%) e a gordura animal (25%). Esses compostos têm como matéria prima o óleo degomado de soja, resíduos de gorduras animal (bovina, suína e de aves) e o óleo de cozinha usado. Assim, a empresa produz não apenas um combustível menos poluente, mas que também auxilia no descarte correto de materiais.
Exemplo é a utilização do Óleo de Cozinha Usado (UCO, na sigla em inglês) na produção de combustível. Somente em 2023, o Grupo Potencial utilizou mais de 9 milhões de litros do composto para a produção de biodiesel.
Informações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) apontam que o descarte incorreto de 1 litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água. Isso, porque a gordura não se dissolve em rios e mares, o que causa alterações no nível de oxigênio e provoca a morte de peixes e outras espécies aquáticas.
“Hoje, nós compramos de fornecedores parceiros mais de 600 toneladas por mês de óleo de cozinha usado. Os fornecedores já entregam diretamente na usina em um padrão de qualidade que exigimos. Nós estamos tentando viabilizar projetos que conversem diretamente com o consumidor”, explica Caio Arakaki, gerente comercial na Potencial Biodiesel.
A tendência no mercado é que mais empresas busquem realizar nos próximos anos a logística reversa desses resíduos com o aumento da demanda pelo biodiesel. Em 2025, o percentual exigido de biodiesel no diesel será ampliado para 15%, o que resultará em mais de 10 bilhões de litros consumidos pelo mercado de combustíveis – de acordo com a Abiove.
“Recentemente, fechamos uma parceria com uma grande rede de fast-food, semanalmente fazemos o recolhimento de óleo de cozinha usado, este gerado por todas as lojas do Brasil”, finaliza Arakaki.
Com informações da Assessoria