32 galos que eram usados para rinhas foram resgatados em uma operação que aconteceu na manhã desta quinta-feira (27), na Rua Doutor João Fleury da Rocha, no bairro Sítio Cercado. No momento da ação, não havia ninguém na residência e a Polícia Civil informou que vai procurar o criador das aves.
A ação conjunta foi feita por fiscais da Rede de Proteção Animal da Prefeitura de Curitiba, por policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e por guardas municipais da Patrulha de Proteção Animal (PPA).
A operação policial aconteceu após uma denúncia anônima ter sido feita pela Central 156, com fotos das gaiolas e viveiros onde os galos e algumas galinhas ficavam, no fundo do quintal da casa.
Com a denúncia e o endereço, a Rede de Proteção Animal pediu o apoio à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente para a ação policial.
“Viemos até o local e confirmamos a denúncia de que aqui eram criados galos para rinhas. Encontramos um ringue para treinamentos e criação de galos para lutas” explicou a chefe da Rede de Proteção Animal, Sueli Sasaoka.
Os galos e galinhas apreendidos receberam identificação por microchip eletrônico e serão destinados para adoção responsável, por pessoas que tenham chácaras e fazendas. Quatro galos precisam de cuidados especiais, pois estão bem machucados e ficarão com a Rede de Proteção Animal em recuperação.
Esporas amputadas
De acordo com o delegado de Proteção ao Meio Ambiente, Guilherme Luiz Dias, o homem responsável pela criação dos galos para rinhas será procurado e detido.
“Esses animais estavam submetidos a maus-tratos, eles passavam por privação de espaço, ficavam no escuro, tiveram as esporas amputadas e os bicos cerrados para colocarem pedaços de metal e assim machucarem outros galos em lutas. Essas aves foram torturadas para ficarem mais ferozes” disse o delegado.
Nos fundos da residência foram encontradas gaiolas preparadas para acondicionar mais de 100 galos. Além da detenção e assinatura do termo circunstanciado, o responsável pelos animais também receberá um auto de infração com multa de R$ 64.000,00 com base na lei 16.038 de 2022, lei municipal de combate aos maus-tratos de animais.
Além dos animais, os fiscais também apreenderam materiais que eram usados nos treinamentos dos galos como proteções de couro para os bicos e esporas, seringas para injetar anabolizantes e medicamentos quando os animais se machucavam.
Participaram da ação desta quinta-feira (27/6), a chefe da Rede de Proteção Animal e Curitiba, Sueli Sasaoka, o delegado de Proteção ao Meio Ambiente, Guilherme Luiz Dias, o veterinário da Rede de Proteção Animal de Curitiba, Fabiano Cruzara, os fiscais da Rede de Proteção Animal de Curitiba, Dirceu Szymonka, Lucas Novatzki e Rodrigo Barbosa da Silva, e os guardas municipais da Patrulha de Proteção Animal (PPA), Sandro Alves e Jonny da Paixão.