Um ano após o ataque a creche que deixou cinco pessoas mortas em Saudades, no Oeste catarinense, escolas da rede estadual de Santa Catarina continuam sem a implementação de vigilantes.
A contratação de guardas foi a solução encontrada pelo Estado, à época, para intensificar a segurança nas mais de 1 mil unidades educacionais da rede estadual. A ideia para aumentar a confiança dos pais ao deixar seus filhos no colégio, porém, nunca foi tirada do papel.
O processo de contratação dos profissionais chegou a ser aberto, mas por ausência de uma audiência pública, foi suspenso. Um termo de referência sobre o assunto é elaborado, e será enviado à administração estadual para abertura de um novo pregão eletrônico, segundo a Secretaria de Estado da Educação (SED). Não há prazo, porém, de quando o serviço será executado.
Atualmente, 238 escolas são monitoradas por câmeras. Das mais de 1 mil instituições estaduais, somente 245 possuem vigilância humana.
Na creche municipal em que três bebês e duas funcionárias foram assassinados e uma criança ficou ferida em 4 de maio do ano passado, não havia vigilância humana. O autor da chacina, na época com 18 anos, foi preso e aguarda julgamento.
Após o ataque, todas as unidades de educação de Saudades passaram a ter vigilância humana e eletrônica. Somente pessoas autorizadas conseguem entrar nos centros, segundo a prefeitura.
Em 12 de maio de 2021, data em que os novos serviços foram anunciados, a SED informou que um processo licitatório em curso que previa a contratação de vigilância em 566 colégios do estado seria reformulado para ampliar o número de unidades contempladas.
Além da contratação da vigilância humana, o processo também incluía a aquisição de equipamentos de segurança para as escolas, como sistema de alarme e sensores de presença.