A PX Energy realizou na semana passada, em parceria com a Emboé, empresa especializada em projetos de consultoria e gestão, a capacitação do programa Social Energy, uma iniciativa inédita para preparar representantes de instituições locais. O evento aconteceu na sede da ACIASMS.
O objetivo do programa é ensinar 30 participantes a estruturar projetos de patrocínio de forma eficaz, permitindo que suas iniciativas sociais cresçam e se tornem sustentáveis ao longo do tempo. Através da capacitação, os participantes terão as ferramentas necessárias para atrair patrocinadores e expandir o impacto positivo de suas ações.
Em entrevista ao Portal RDX, Jason Abrahão, idealizador do Projeto e Gerente de Gente & Gestão, destacou que essa é uma oportunidade única de fortalecer a atuação social da sua instituição e contribuir ainda mais para o desenvolvimento da nossa cidade.
“O nome Social Energy ou Energia Social, ele visa primeiro capacitar empreendedores sociais para que eles tenham capacidade de estruturar projetos que dêem retorno para a cidade, para a sociedade em si. E o projeto ele é bastante ambicioso no que diz respeito ao nível de qualidade desses projetos, final, depois da qualificação, e também no nível de alcance, porque nós vamos patrocinar os melhores projetos. Mas isso não quer dizer que os demais projetos eles vão ser descartados. A ideia é a gente realizar um evento onde vamos reunir todo o empresariado, os donos de empresa, diretores, representantes da sociedade, para a revelação do projeto que a PX vai selecionar, mas a ideia, a nossa ambição é que o nível dos projetos seja tão alto que os participantes ali também queiram patrocinar algum daqueles projetos”, disse.
O Social Energy foi dividido por diversas fases. Na primeira, foram selecionados 70 de quase 80 candidatos que se inscreveram no projeto. Depois, foram selecionados 30 participantes que foram capacitados durante uma semana, integralmente, aprendendo os conceitos mais modernos de gestão de projetos na área social, com uma consultoria de alto nível, que foi contratada pela PX Energy.
Na segunda fase, haverá um comitê avaliador, onde todos os projetos vão ser avaliados e que serão apresentados em um ranking, aonde acontecerá um evento no mês de março reunindo empresários, imprensa e Prefeitura Municipal, revelando o projeto vencedor e que receberá o patrocínio.
“A ideia é que a gente saia de lá não só com o nosso vencedor, mas também todos ali saiam se sentindo vencedores, porque passar por esse desafio de capacitação não é fácil, uma capacitação com uma carga horária pesada que eles estão sendo desafiados dia após dia. E como vencedores, eu espero que o empresariado se una à PX Energy para também financiar. Porque na verdade eles vão ter à mão, projetos de alto nível que eles vão ter a confiança de que podem investir e ter o retorno com a própria cidade”, garantiu.
A gerente do projeto da empresa EMBOÉ, Jéssica Gaudino de Freitas, destacou que já possui experiência em diversos projetos que contribuiram no desenvolvimento da comunidade.
“Já trabalhamos para projetos que eram financiados pelo Fundo Amazônia, pelo KFW, pelo OTCA. E a gente já tem o costume de apoiar a estruturação, o monitoramento, a avaliação e a melhoria de projetos que são desenvolvidos com recursos de parceiros, principalmente recursos com fundo perdido, que não são empréstimos. Você recebe o recurso e você utiliza ao longo do projeto. Então, nós temos o costume de fazer isso, com essa experiência, essa bagagem. E estamos trazendo todas as melhores práticas de mercado para o programa Social Energy. Esse cuidado em fazer uma capacitação para preparar os empreendedores é o tipo de boa prática que não vemos em nenhuma das outras fontes de financiamento. Então, tem uma grande inovação aqui do programa Social Energy. Além disso, a gente também traz uma série de outras inovações e cuidados para que o impacto dos projetos selecionados seja o maior possível”, afirma.
O consultor da EMBOÉ, Bernardo Almeida Mudjalieb, disse que a contratação junto à PX Energy tem como objetivo capacitar empreendedores sociais e que devem impactar a comunidade local.
“A PX Energy contratou a gente porque a gente tem essa experiência de consultoria, em trabalhar com grandes fundos de investimento, captando recursos de diversos projetos em várias áreas, como Meio Ambiente e a área social. Então a gente trabalha muito com essa experiência de desenvolver capacidades nas pessoas para descrever bons projetos. E é exatamente isso que a gente fez aqui em São Mateus do Sul. A ideia é treinar um grupo de empreendedores sociais na cidade para ver que eles possam planejar e elaborar o seu projeto e submetê-lo ao programa Social Energy. O impacto positivo que esses projetos podem causar na cidade são incríveis. A gente viu aqui diversas histórias incríveis de pessoas e de instituições que já fazem a diferença, e que com um pouco mais de recurso, podem causar ainda muito mais impacto positivo”, disse.
O gerente do Grupo de Escoteiros Paul Harris, Luis Severo Senkiu, enfatizou que o Social Energy não irá colaborar apenas com os participantes, mas também com toda a sociedade são-mateuense.
“A importância desse projeto não é para mim, muito menos para o grupo escoteiro, e sim para a sociedade em geral de São Mateus do Sul. O curso foi voltado à pessoas que são todos voluntários, que trabalham pelo bem comum, e com essa iniciativa, poderemos colher muitos frutos desse treinaimento. Parabéns à PX, e espero que daqui um ano tenhamos mais uma turma e que possamos desenvolver ainda mais projetos em prol ao nosso município”, disse.
A coordenadora do Adolescentro, Ivete Trasch Leal, revelou que decidiu participar do Social Energy em busca de recursos para um projeto que serão destinados à jovens que buscam o primeiro emprego.
“Como já é de conhecimento da comunidade, nós desenvolvemos um projeto de primeiro emprego para os adolescentes, que já existe desde 2005 e é um projeto que realmente dá resultado. A gente encontra muitos ex-alunos por aí e isso dá muito orgulho. É algo que a gente acredita e dá certo, mas pra isso precisa de recursos, né? A ideia então é possibilitar, capacitar para que eles tenham condições e realmente poder competir com outros que têm condições de arcar com esses projetos, cursos e tudo mais”.
O professor de Canto e Coral, do Instituto Nossas Raízes, Paulo Riccardo Travinski de Almeida, destacou a importância da música no desenvolvimentos das pessoas e do trabalho aplicado pelo Social Energy.
“Nós estamos com o projeto de iniciar uma orquestra e coral no São Mateus do Sul. Já estamos com uma orquestra e um coral, mas gostaríamos, na verdade, de ampliá-la. Como é muito difícil a pessoa poder pagar um instrumento e aulas, isso acaba sendo impossível para muitas pessoas descobrirem o dom em música que tem. E também, muitas vezes, o custo de aulas de canto impede a pessoa que ela explore a própria voz e explore também a linguagem artística e conheça mais sobre si mesmo”, afirmou.
Na avaliação do diretor do Centro Estadual de Educação Agrícola de São Mateus do Sul, Wagner Silva, o programa Social Energy vem para despertar o desafio nos participantes, o que ele considera bastante positivo.
“O que mais me chamou a atenção foi a questão do desafio. Quando nós iniciamos lá na segunda-feira, nós tínhamos uma ideia do que aconteceria, mas não o total domínio do que viria pela frente. Então, a partir do momento que nós fomos realizando as etapas, conversando, trocando ideias, percebemos que o desafio é muito maior, o que eu considero um ponto positivo, porque quanto maior o desafio, maior o impacto social. Então, se eu fosse resumir a formação como um todo da construção do projeto, eu colocaria como oportunidade e desafio. São Mateus do Sul necessita de muitas atividades e muitas ações que tenham impactos sociais importantes e positivos. E essa, sem dúvida, é uma das maiores que eu já presenciei”, finalizou.