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Acusados de matar radialista Paulinho Ferreira em Canoinhas são condenados

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Foto: Reprodução JMais

O juiz criminal da comarca de Canoinhas, Eduardo Veiga Vidal, publicou na manhã desta quinta-feira, 3, a sentença dos acusados de ter assassinado e roubado o radialista Paulo Ricardo Ferreira, o Paulinho da UNC, aos 34 anos, no dia 24 de julho no Parque de Exposições de Canoinhas. Fabrício dos Santos, 21 anos, e João Victor Souza, 23 anos, pegaram pena máxima.

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João Victor foi condenado às penas de 30 anos de reclusão e 16 dias-multa, à razão de 1/30 do salário mínimo vigente ao tempo do fato. Fabrício também foi condenado a 30 anos de reclusão e 22 dias-multa, também à razão de 1/30 do salário mínimo vigente ao tempo do fato. Eles seguem encarcerados no Presídio Regional de Canoinhas.

Foto: Reprodução JMais

A dupla é acusada de assassinar Paulinho com pelo menos seis golpes de pedra na cabeça. Eles levaram o celular da vítima, que teria sido vendido para Thiago Teixeira da Silva, que também foi indiciado. Como foi provada a venda do celular, a Polícia Civil indiciou Fabrício e João Victor por latrocínio, ou seja, matar com a intenção de roubar.

Conforme o delegado Darci Nadal Jr, que coordena o inquérito, contou em entrevista ao JMais, os dois guardaram provas como a roupa que usavam no dia do crime. O boné de um deles foi jogado em cima da casa.

Fabrício e João Victor são amigos e moravam a cerca de 200 metros de distância. Ambos já eram conhecidos da Polícia por ocorrências de furtos e roubos visando, supostamente, alimentar o vício em drogas.

O suposto receptador do telefone celular de Paulinho foi solto poucos dias depois de ser preso. Ele responde a acusação de receptação de produto furtado ou roubado, inicialmente, em liberdade. Ele nega saber que se tratava de um produto roubado e diz que pagou R$ 300 pelo aparelho, que formatou em seguida.


SENTENÇA

Na sentença, o juiz criminal detalha o crime. Na noite do dia 23 de julho de 2022, Paulinho estava em uma boate no centro de Canoinhas, quando ao deixar o local, já na madrugada do dia 24, com seu carro, parou na praça Lauro Müller, onde aparentemente se encontrou casualmente com a dupla de assassinos, que passava pelo local. Paulinho estava sentado no banco da praça. Por imagens de câmera de segurança, foi possível visualizar (mas não ouvir) a conversa. Os três entram no carro de Paulinho e, também por imagens de câmera de segurança, é possível ver que o carro entra no Parque de Exposições e vai para os fundos do local. Exatamente neste local, poucas horas depois o carro de Paulinho foi encontrado queimado e jogado dentro de uma valeta. O corpo do radialista estava ao lado.

A partir de então se iniciou uma longa investigação liderada pelo delegado Nadal Jr. Em agosto do ano passado a dupla foi presa. Em entrevista coletiva, o delegado detalhou o crime. Assista abaixo:

O juiz que condenou a dupla destacou o modo traiçoeiro com que os dois teriam matado Paulinho. “A traição é considerada como a deslealdade, a perfídia, a quebra de confiança que o ofendido depositava no responsável pelo crime; a emboscada, por sua vez, é a tocaia, a cilada; por fim, a dissimulação é caracterizada pelo disfarce, ou seja, a ocultação da vontade criminosa para agredir a vítima descuidada”. No caso concreto, segue o magistrado, ficou demonstrado que os acusados se aproximaram da vítima no momento em que ela estava sentada em um dos bancos da praça Lauro Muller. Na oportunidade, conversaram com a vítima por alguns minutos e, após, saem todos juntos no carro da vítima.



TRAJETÓRIA

Paulo Ricardo Ferreira nasceu em 16 de agosto de 1987 em Canoinhas. Cresceu e viveu em Três Barras, fez o ensino fundamental na Escola Guita Federmann e o ensino médio no Colégio Santa Cruz em Canoinhas. “Quando criança gostava de brincar na rua com os amigos da vizinhança. Com familiares gostava de brincar de dar aula. Desde o jardim de infância faltar na aula era uma afronta”, conta a irmã de Paulinho, Carla Ferreira.

Estudou Comunicação Social – Habilitação em Rádio e TV na Universidade do Contestado (conclusão em 2009). Fez MBA em Gestão de Excelência nas Organizações e pós-graduação em Equipes de Alta Performance.

“Criatividade era o que não faltava. Era amante e incentivador da leitura, amava os livros. Tinha um grande amor pela música desde pequeno também”, completa Carla. Iniciou jovem no rádio, trabalhou na Fronteira FM em Três Barras, na Rádio Clube e depois iniciou a trajetória na UNC FM. Em 2008 iniciou seus trabalhos na política, em campanhas eleitorais, o que fazia até os dias de hoje.

Assista uma reportagem especial produzida pelo JMais sobre o radialista:

Ao saber da sentença, a família de Paulinho destacou o trabalho da Justiça. “Um agradecimento a DIC (Divisão de Investigação Criminal) e ao ao Ministério Público que não mediu esforços pra que eles fossem condenados. Sabemos que isso não vai trazer nosso querido Paulinho de volta, mas de alguma forma consola nossos corações machucados por tamanha brutalidade”.

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