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Com redações, alunos de colégio de Campo Magro criaram livro para combater o bullying

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Foto: Arquivo Pessoal

No Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, a Secretaria de Estado da Educação celebra uma iniciativa que começou em sala de aula com diálogos, palestras, oficinas e culminou em um livro, chamado “Antologias Poéticas: Vozes Necessárias”. O trabalho foi feito no Colégio Estadual Cívico-Militar Emilia Buzato, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), e ajuda a disseminar entre os estudantes uma cultura de paz e de combate a todas as formas de violência.  

Tudo começou em 2021, quando o colégio ainda enfrentava os desafios do pós-pandemia. O diretor Célio Roberto Pereira de Oliveira resolveu aplicar o projeto “Eu escrevo o que eu sinto”, estimulando os alunos a colocar no papel as dúvidas e angústias vividas no período. Durante o processo, foram feitas oficinas de texto, inclusiva com a plataforma digital educacional Redação Paraná, o que permitiu que desenvolvessem suas habilidades de expressão de forma colaborativa. 

“Os resultados foram tão bons que logo após a primeira fase, focada na pandemia, ampliamos o projeto e definimos o combate ao bullying e a promoção da cultura da paz nas escolas como temas. Assim, os estudantes dos anos finais do ensino fundamental e os do ensino médio  compartilharam relatos de violências, o que os afetava, e encontraram apoio e acolhimento, tanto por parte dos professores, como dos colegas”, conta Oliveira. 

Foto: Arquivo Pessoal

“Uma forma concreta de como o projeto se refletiu no dia a dia da escola foi na mudança de comportamento observada entre os alunos. Houve uma redução significativa de casos de bullying e outras formas de micro-violências, além de um aumento na conscientização sobre a importância do respeito mútuo e da empatia. Isso ficou evidente”, destaca. O livro está na biblioteca da escola e de outras unidades da rede estadual da região.

De acordo com secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, atividades como esta contribuem para construir um clima escolar favorável ao diálogo e empatia. “Queremos que os estudantes se sintam seguros e acolhidos pela escola e ao mesmo tempo sejam disseminadores de informações de prevenção e combate ao bullying”, disse.

Para auxiliar ainda mais nesse processo, pasta criou em 2023 o projeto Escola Escuta para atuar preventivamente e de forma contínua e intersetorial de educação e de promoção da saúde, principalmente nas temáticas abordadas sobre o bullying e a educação em direitos humanos. Ele consiste em unir a equipe pedagógica das escolas e os pais dos alunos, para que eles sejam incentivados a falar sobre qualquer tipo de violência que sofrem no ambiente escolar e também sobre o cyberbullying.

Na segunda etapa, já em andamento, a Seed integrou psicólogos e assistentes sociais aos Núcleos Regionais de Educação (NREs) para promover uma escuta permanente com a comunidade escolar e identificar possíveis situações de violência, atuando na prevenção.

Foto: Arquivo Pessoal

O projeto foi um dos vencedores do prêmio nacional Conectando Boas Práticas 2023: Resgatando Aprendizagens, da Associação Nova Escola, uma organização de impacto social sem fins lucrativos que trabalha em prol dos professores da educação básica. 

“O objetivo é tornar as ações preventivas ao bullying uma prática contínua, que permeia o cotidiano e o currículo escolar”, complementa Miranda.

Reportagem: AEN

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