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segunda-feira, maio 6, 2024
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Nova edição do MON sem Paredes terá parque de esculturas interativas

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MON sem Paredes” é a mais nova realização do Museu Oscar Niemeyer – Foto: Marcello Kawase/MON

O projeto MON sem Paredes – Artistas Conquistam os Jardins inaugura na próxima quarta-feira (13) uma nova edição. Na área externa do Museu Oscar Niemeyer, o visitante encontrará um parque de esculturas interativas, com obras de artistas como Artur Lescher, Rômmulo Conceição, Alexandre Vogler, Narcélio Grud e Joana Vasconcelos. Com curadoria de Marc Pottier, o local abriga diversas instalações permanentes e temporárias, num calendário de convites frequentes feitos pelo MON.

“O museu vive um inédito momento de expansão não somente da sua área expositiva mas também de ampliação do próprio conceito de exposições, por meio dessa nova e significativa aproximação do público com a arte no projeto MON Sem Paredes”, afirma a secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.

MON sem Paredes” é a mais nova realização do Museu Oscar Niemeyer – Foto: Marcello Kawase/MON

“Cada vez mais democrático e inclusivo, com o MON sem Paredes o museu rompe o limite físico de suas paredes e abraça a população, tornando-se acessível a todos”, explica a diretora-presidente da instituição, Juliana Vosnika. “A iniciativa é um convite para que o público externo perceba a arte, inspire-se e sinta-se instigado a entrar”.

“Entendemos que a arte no espaço público permite uma variedade de atividades interativas que nem sempre uma exposição museológica possibilita”, diz Juliana. “Ao criar ligações entre os exteriores e as salas expositivas do museu, o projeto permite mostrar muitas outras formas de expressão da criatividade artística”.

Foto: Marcello Kawase/MON

“O MON trabalha para ampliar seu público e oferecer muitas propostas que possam fazer com que os curitibanos e paranaenses se apropriem do ‘seu’ museu. Por isso, o ‘MON sem Paredes’ é tão importante”, complementa Marc Pottier.

O projeto foi inaugurado no início de 2023, com as obras “Semeador” e “Ao Redor de uma Árvore”, feitas pelo artista-arquiteto paranaense Gustavo Utrabo, que seguem expostas na área externa do Museu, chamada Parcão.

Saiba mais sobre as obras

“Tè Danzante” – Joana Vasconcelos

Uma enorme estrutura em ferro forjado, no formato de um bule de chá, coberta e decorada com vegetação (jasmins), impõe a sua presença monumental, captando a atenção do público. Nas grades de ferro que dão forma ao bule reconhecem-se os padrões característicos das cercas e balaustradas que podem ser observadas em diferentes paisagens urbanas e rurais. O objeto assume a forma de uma verdadeira escultura-árvore, manifestação de um princípio idealizado de complementaridade e simbiose entre o natural e o industrial.

O jasmim, que envolve toda a estrutura da peça em forma de bule e cujas flores são habitualmente usadas para perfumar o chá verde, sublinha a ligação do objeto ao hábito de beber chá.

“Maca Alecrim” – Alexandre Vogler

Tal como as macas de massagem, é planejada para que a pessoa se deite de bruços, com os braços pendendo e o rosto acomodado pela cavidade da prancha, integrada a um arbusto de alecrim. Essa erva é reconhecida como uma das mais poderosas acionadoras de estados de relaxamento, entre os inúmeros benefícios confiados a ela.

“Maca Cidreira” – Alexandre Vogler

Composta por quatro tábuas reunidas sob um ângulo de 30 graus no comprimento e na largura (similar à aparência de um cocho onde as vacas são alimentadas), está situada embaixo de uma grande moita de cidreira-de-arbusto, erva medicinal de cheiro bastante agradável. Foi projetada para que a pessoa se deite sendo “abraçada” pela estrutura angulada e coberta (como uma onda) pelo arbusto.

“Maca de Força” – Alexandre Vogler

Essa maca, desenhada com o formato de uma joaninha (inseto associado à sorte e à bem-aventurança), traz ao seu redor um conjunto de sete espécies de plantas de força comumente utilizadas em práticas ecumênicas de religiões afro-brasileiras – colônia, arruda, comigo-ninguém-pode, espada-de-são-jorge, mirra, guiné e pitanga. Nesse contexto, o visitante se deita e relaxa sob sua forma côncava.

“Maca de Guarda” – Alexandre Vogler

O visitante se deita sobre sua superfície, a 40 graus, voltando o corpo para o céu. Ela reproduz parcialmente a prática lúdica de criação de imagens de anjo, em que a pessoa se deita sobre a neve, abrindo braços e pernas – o que justifica o complemento de seu título. A escultura traz ainda em sua nomenclatura a expressão Maleme, palavra do vocabulário afro-brasileiro que designa súplica, misericórdia ou ajuda, dirigida aos orixás, especialmente Xangô. A posição sugerida, com plexo e pernas abertas e corpo voltado aos céus, encaminha a orientação ecumênica e divina.

“Caleidoscópio e Giroscópio” – Artur Lescher

Obras em que o visitante experimenta girar sobre seu próprio eixo, movimentando o entorno em uma experiência meditativa e divertida. É um recipiente para o corpo, uma metacasa para observar o mundo. Girar sobre o próprio eixo evoca a dança e os rituais espirituais de acesso a outras dimensões e estados mentais.

“Sempre em Pé” – Narcélio Grud

As obras da série “Sempre em Pé” unem diversos conceitos, utilizando como base estética principal o brinquedo João Teimoso/Sempre em Pé. Tem por objetivo promover interações por meio dos movimentos e vivências sonoras, ressignificando o objeto e ampliando sua usabilidade em busca da criação de um ambiente onde a descoberta e o brincar andam juntos.

“Trepa-trepa” – Narcélio Grud

Essa escultura traz uma composição formal circular na qual o raio, o diâmetro e o centro se expandem de um globo para aros entrelaçados, formando rotas orbitais planetárias. Em seu conceito de interatividade, propõe ser uma escultura/mobiliário de escalada, similar aos equipamentos de lazer encontrados em áreas de recreação infantil de praças e parques públicos.

“Estruturas Dissipativas/Trepa-Trepa” – Rômmulo Conceição

Obra composta por dois trepa-trepas simetricamente dispostos a partir de um eixo perpendicular a uma plataforma que os separa, cujo acesso se dá pelos trepa-trepas ou por escadas. Uma chapa de vidro com altura de 3,5 metros corta a plataforma e configura um plano falso de simetria. Compõem também o trabalho três bancos giratórios, uma mesa e um muro no qual está acoplada uma grade de quatro metros de altura. Todo o trabalho é feito em ferro e concreto.

Serviço:

MON sem Paredes – Artistas Conquistam os Jardins

Inauguração: 13 de março, quarta-feira, 14 horas

Museu Oscar Niemeyer – Rua Marechal Hermes, 999 – Cetro Cívico – Curitiba/PR

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