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Empresários e médicos são suspeitos de fraudes em licitações a hospitais públicos no Paraná

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Estima-se que o grupo seja responsável por um prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 66 milhões. Foto: Reprodução.

Um grupo de empresários, médicos e agentes públicos do Norte do Paraná está na mira da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e do Ministério Público do Paraná (MPPR).

Eles seriam responsáveis por fraudes em processos licitatórios e contratos administrativos para prestação de serviços médicos em hospitais públicos de Londrina e região e no Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar).

Desde as primeiras horas desta terça-feira (10), as equipes da polícia estão nas ruas de Londrina e Centenário do Sul, simultaneamente, no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão.

Também serão cumpridos bloqueios de valores e apreensão de automóveis dos envolvidos, que não tiveram as identidades reveladas pelas autoridades. A ação tem apoio da Polícia Científica.

Investigações

As investigações começaram há mais de dois anos. De acordo com a PCPR, estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja superior a R$ 66 milhões.

Foi verificado que as fraudes ocorriam desde 2013 e consistiam na facilidade dada a determinado grupo empresarial em diversos procedimentos licitatórios.

Um ex-diretor do Cismespar foi apontado como um dos envolvidos na organização criminosa, segundo a PCPR. Ele teria lucrado por meio das fraudes durante gestão municipal de saúde. Nas diligências, a PCPR constatou que ele seria diretamente ligado ao grupo empresarial envolvido nos crimes.

A esposa do ex-diretor do Consórcio é uma das médicas envolvidas na organização. Ela seria, conforme a polícia civil, responsável por uma das empresas pertencentes ao núcleo empresarial.

Procedimentos

Entre as fraudes apuradas, foram constatados dois procedimentos de dispensa a licitações de prestação de serviços médicos na Prefeitura de Cambé, no ano de 2017. Na ocasião, uma empresa das médicas envolvidas teve êxito na contratação da empresa após rescisão unilateral do contrato com empresa anterior.

Posteriormente, médicos concorrentes teriam sido contratados pela própria empresa investigada para prestação de serviços em hospital de Cambé.

A PCPR também apurou que agentes públicos faziam intermediações em busca de facilidades em prol das empresas investigadas. Além disso, foi verificada a criação de empresas do mesmo grupo em nomes de funcionários para justificar gastos das investigadas.

Crimes

Além das fraudes licitatórias, a organização criminosa é suspeita de lavagem de dinheiro. Durante as diligências, a PCPR constatou manobras recorrentes do crime, envolvendo dinheiro público, que seria destinado à prestação de serviços médicos.

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