Laudo do Instituto MĂ©dico Legal (IML)â divulgado nesta quinta-feira (11), pela PolĂcia Civilâ aponta que a causa da morte do pequeno Lorenço, de um ano e sete meses esquecido em um veĂculo pela mĂŁe, em Canoinhas, foi devido ao calor. Conforme o delegado responsĂĄvel pelo caso, VinĂcius Ferreira, em entrevista ao JMais, o inquĂ©rito deve ser concluĂdo nas prĂłximas semanas.
Nos prĂłximos dias ocorrerĂŁo oitivas (entrevistas) de cinco testemunhas, todas relacionadas ao trajeto que a mĂŁe fez no dia em que o bebĂȘ morreu. A PolĂcia aguarda o resultado da perĂcia feita no veĂculo em que a criança estava. O delegado disse, ainda, que a mĂŁe vai ser indiciada, possivelmente por homicĂdio culposo (que se comente sem a intenção).
âSe houvesse indĂcios de maus-tratos no laudo cadavĂ©rico como sinais de agressĂŁo, o inquĂ©rito seria mais cĂ©lere e a linha de investigação seria outra, mas como o laudo atestou que foi algo acidental, vamos aguardar as oitivas para confirmar o apurado na investigação preliminarâ, afirma Ferreira.
Ainda segundo o delegado, a mãe recebeu atendimento psicológico na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami) de Canoinhas e deve ser ouvida no final do inquérito.
RELEMBRE O CASO
Lorenço, de um ano e sete meses, morreu dentro do carro da mĂŁe no dia 13 de março, em Canoinhas. Segundo relato da mĂŁe do menino, de 35 anos, ela saiu de casa logo apĂłs o almoço levando o filho na cadeirinha no banco traseiro do carro. Para ela, o bebĂȘ havia sido deixado no jardim particular no qual ela o deixava todos os dias antes de ir para seu trabalho no Centro de Apoio Psicossocial de Canoinhas (Caps).
Ăs 17h30, ao deixar o trabalho, a mulher foi apanhar a criança na escola. Contudo, foi informada pelas professoras que naquele dia ela nĂŁo havia deixado o filho no local. Desesperada, ela acabou encontrando a criança jĂĄ morta na cadeirinha no banco traseiro do carro. Ela mesma correu para a Unidade Pronto Atendimento (UPA), mas nada mais poderia ser feito porque a criança jĂĄ estava morta, com sinais de insolação na cabeça.
A temperatura passou dos 30 graus em Canoinhas no dia em que Lourenço faleceu.
A PolĂcia Militar foi chamada e abriu um boletim de ocorrĂȘncia para registrar o caso. Transtornada, a mĂŁe foi levada Ă Delegacia para prestar depoimento.