O prefeito de Major Vieira e presidente da Fecam (Federação Catarinense de Municípios), Orildo Severgnini (MDB) foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira, 13, durante a segunda fase da Operação Et Pater Filium, desencadeada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) com apoio da Polícia Civil de Canoinhas. O filho dele, Marcus Vinicius Severgnini, também foi preso.
Pai e filho são investigados pelo MPSC por suspeita de fraude em licitações.
O vice-prefeito de Major Vieira, Francisco Juraczek, aguarda posicionamento do Ministério Público para assumir a prefeitura de Major Vieira. Na vacância do cargo de prefeito, cabe ao vice assumir a função.
A segunda fase da operação, investiga crimes de uma organização criminosa, voltada para prática de corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
Além das prisões, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo, no Planalto Norte Catarinense. Segundo o MPSC, para não atrapalhar as investigações, esta fase do processo tramita, por ora, em segredo de justiça.
A operação realizada nesta manhã, contou com a participação de 30 policiais, civis e militares, integrantes da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Canoinhas e do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado).
Operação Et Pater Filium
A primeira etapa da operação ocorreu no dia 31 de julho, com o cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão. Na ocasião, foram recolhidos documentos, cópias de processos licitatórios, dispositivos eletrônicos, cheques e mais de R$ 300 mil em espécie.
A operação investiga uma possível organização criminosa voltada à prática de crimes de fraudes a licitações e corrupção no Planalto Norte catarinense, especialmente no município de Major Vieira.
O nome Et pater filium remete ao fato de que os suspeitos seriam duas duplas de pai e filho: empresários, de um lado, e funcionários públicos, do outro.
As investigações são um trabalho conjunto da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, por intermédio do GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) e do Gaeco, com a Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil de Canoinhas.
Com informações JMais e ND Mais.