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Temporais destroem 5,1 mil postes em 4 meses e demandam mobilização total da Copel

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Além de precipitações frequentes, agravadas por ventos fortes e descargas atmosféricas, foram registrados dois tornados no período, situações em que os ventos alcançaram 160 quilômetros por hora. Foto: Copel.

Uma sequência de intempéries climáticas de grandes proporções ocorreu no Paraná entre julho e outubro de 2023, e provocou estragos na rede elétrica cujos números são até 250% superiores ao registrados na mesma época, em outros anos. Esses temporais, que em algumas situações causaram o desligamento de cerca de 1 milhão de unidades consumidoras, exigiram a substituição de 5,1 mil postes no período, 3,5 vezes a mais do que a média para o quadrimestre, que é de 1.460 postes.

Para se ter uma ideia, com essa quantidade de estruturas é possível construir uma rede de cerca de 100 quilômetros de extensão.  

A maior parte dos danos à rede foi causada pela intensidade dos temporais. Além de precipitações frequentes, agravadas por ventos fortes e descargas atmosféricas, foram registrados dois tornados no período, situações em que os ventos alcançaram 160 quilômetros por hora.

Em consequência, a Copel registrou 198 mil interrupções emergenciais entre julho e outubro, número 28% maior que a média. “Nessas situações, mobilizamos todas as nossas equipes para trabalhar na reconstrução da rede”, afirma Paulo Bubniak, superintendente de Operação do Sistema da Copel.

Com tecnologia, em alguns casos o fornecimento de energia pôde ser restabelecido rapidamente. “Ao longo dos últimos anos, investimos em automação e redes inteligentes, o que na maioria dos casos permite que a rede seja religada de forma automática, em poucos segundos”, acrescenta. No entanto, há situações que demandam esforço e tempo. “Quando há dezenas de postes quebrados, a reconstrução da rede demora mais tempo. A troca de um poste pode levar até quatro horas, dependendo da complexidade do serviço”, esclarece.

EVENTOS CLIMÁTICOS E ENCHENTES – Embora a maior parte dos estragos na rede de energia seja provocada por ventos fortes e descargas atmosféricas, nos últimos meses o volume de chuvas também exigiu mobilização da Copel, especialmente no Centro-Sul do Estado. Somente em outubro, foram registrados 390 milímetros de chuvas, o dobro da média histórica para o período.

Em consequência, 3,8 mil unidades consumidoras foram desligadas devido ao nível dos rios, especialmente do Rio Iguaçu, em União da Vitória, no Sul. Trata-se do maior número registrado até hoje pela Copel. Em diversas situações, a companhia precisou desligar parte de rede de forma proativa, devido à altura do rio.

A grande quantidade de chuvas está associada do fenômeno El Niño, que provoca aumento da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima. No Sul do Brasil, a principal consequência é o aumento das chuvas e temporais, em contraposição ao La Niña, que provoca estiagem na região.

Com informações Agência Estadual de Notícias

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