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Grávida morta em acidente, voltava de União da Vitória; caso vai a júri popular

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Por considerar que há indícios de crime de homicídio doloso por dolo eventual, no caso da morte da jovem Manuela Queiroz Vicenti, que estava grávida de cinco meses, por consequência de um acidente de trânsito em Curitiba, foi acatado o pedido da defesa das vítimas para que fosse encaminhado o inquérito policial ao Tribunal do Júri. Manuela Queiroz Vicenti, de 19 anos, morreu no dia 21 de abril, cinco dias depois do carro em que estava bater no Boqueirão

A tia de Manuela, Márcia Regina Vicente contou que no dia do acidente a sobrinha voltava de uma viagem à União da Vitória com o marido. Antes de irem para casa eles passaram na casa do sogro dela, mas logo foram embora. Quando estavam quase chegando em casa, no bairro boqueirão, por volta das 23h30, no cruzamento da rua Waldemar Loureiro de Campos com a rua Danilo Gomes o carro em que eles estavam foi atingido por um veículo que teria furado a preferencial. O cinto de segurança de Manuela se rompeu e ela foi arremessada para fora do veículo. Segundo a tia de Manuela, o motorista que causou o acidente apresentava sinais de embriaguez.

A defesa alega que “o caso é homicídio doloso na modalidade dolo eventual, o motorista dirigia embriagado, em alta velocidade, manuseando o celular e fazendo roleta russa em via preferencial!”

Por meio de nota oficial na manhã desta quinta-feira (28), o Ministério Público informou que ao receber o inquérito policial, a Promotoria de Justiça de Delitos de Trânsito entendeu que não se tratava de homicídio culposo no trânsito, mas sim de homicídio por dolo eventual.

“A PJ anexou parecer postulando pela declinação de competência para remeter o Inquérito Policial a uma das Varas do Tribunal do Júri para conclusão do Inquérito e posterior análise pela Promotoria de Justiça que atua no Júri. Ontem [quarta, 27], o juiz da Vara de Delitos de Trânsito acolheu o pedido e determinou a remessa do Inquérito Policial 0001441-23.2022.8.16.0196 à Vara do Tribunal do Júri”, diz a nota.

O carro em que Manuela Queiroz Vicenti, de 19 anos, era passageira se envolveu em um acidente no dia 17 de abril. O marido dela dirigia um veículo Uno no momento em que outro motorista, suspeito de dirigir embriagado, teria furado a preferencial da Rua Dr. Danilo Gomes, no bairro Boqueirão, atingindo o carro do casal, que seguia pela Rua Waldemar Loureiro Campos.

A vítima morreu cinco dias depois do acidente, no Hospital do Trabalhador. O marido sofreu escoriações e algumas lesões, sendo liberado do hospital no dia seguinte ao acidente.

Motorista responde em liberdade

O motorista do outro carro envolvido se recusou a fazer teste do bafômetro e chegou a ser preso em flagrante por suspeita de embriaguez. Ele foi liberado pela Justiça e responde ao processo em liberdade.

“Os indícios são muito grandes relacionados ao dolo eventual, pois não temos dúvida que o motorista, quando age de forma totalmente desrespeitosa com a vida do próximo, dirigindo sob efeito de bebida alcoólica, em alta velocidade e também mexendo no seu smartphone, atravessando uma preferencial, ele assume sim o risco de produzir o resultado morte de todas as pessoas que trafegam nas vias”,

afirma o advogado Igor Ogar, que faz a defesa da família de Manuela.

Segundo Ogar, o próximo passo é pedir a prisão preventiva do motorista, que, de acordo com o advogado, teria histórico de atropelamento. “Essa pessoa, na sociedade, oferece risco para a minha e para todas as famílias que trafegam e que utilizam as vias públicas dessa cidade.”

Depoimentos

O suspeito de causar o acidente que matou Manuela é lutador de artes marciais e técnico em segurança do trabalho. Ele prestou depoimento e, conforme consta no inquérito policial, ele relatou que “trafegava pela Rua Doutor Danilo Gomes, quando recebeu uma mensagem no celular, momento em que o mesmo caiu sobre o assoalho do veículo, fazendo com que se abaixasse para pegá-lo, sendo que quando retornou a posição de motorista, se viu avançando a via preferencial, não podendo evitar o acidente com o veículo Fiat Uno.”

De acordo com suspeito, ele recorda estar a uma velocidade de 50/60 km/h. Ele disse ainda em depoimento que “após a colisão invadiu uma calçada e parou apenas em um terreno baldio”. A velocidade máxima permitida no local seria de 30 km/h.

Carlos Daniel Rucinski, marido de Manuela, que dirigia o carro na hora do acidente, relatou a versão dele sobre o que aconteceu. Ele disse que cruzou a preferencial e atingiu a porta do passageiro (lado direito), em que estava sentada a esposa e que tanto Manuela, como o bebê, morreram em decorrência do evento.

O pai dele, que foi acionado pelo filho logo após o acidente, também foi ouvido, assim como o pai de Manuela.

Dois policiais militares também prestaram depoimento e informaram que ao chegarem ao local do acidente “se depararam com a colisão e com uma suposta tentativa de fuga por parte do indiciado em tela, já sob a guarda de equipes do 20º BPM. Verificaram, ainda, que Samuel apresentava visíveis sinais de embriaguez”. Segundo eles, ele se negou fazer o teste de bafômetro.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) informou na manhã desta quinta que segue na investigação do caso e que aguarda laudos complementares para a conclusão do inquérito policial.

Defesa do suspeito

A defesa do indiciado, Samuel, reitera que o acusado não se furtará de nenhum ato processual, bem como não vislumbra neste momento a necessidade de prendê-lo preventivamente. Por fim, desconhece das informações exteriorizadas pelos advogados que representam a família, vez que Samuel não possui qualquer antecedente criminal ou histórico de atropelamento.

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