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Greve dos professores: Educação orienta pais a levarem alunos para as aulas e diz que docentes faltantes terão desconto em folha

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Os professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve contra a privatização da gestão de 200 escolas. Foto: Arquivo/SEED.

A Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR) informou na quarta-feira (29) que faltas de professores e funcionários da Educação a partir de segunda-feira (3) terão desconto em folha de pagamento. Diretores e chefes de núcleo foram orientados a encaminhar os dados para o gabinete da pasta. Qualquer paralisação compromete gravemente o cronograma de estudos e, consequentemente, o rendimento dos alunos.

A greve geral da Educação no Paraná, marcada para ter início no dia 3 de junho, é um direito garantido na Constituição Federal. Essa decisão foi tomada pela categoria em assembleia estadual, realizada no dia 25 de maio de 2024, cumprindo todos os requisitos exigidos pela legislação.

A orientação aos pais é que encaminhem os filhos à escola normalmente, pois as aulas continuam conforme o calendário escolar. Os diretores precisam garantir o funcionamento das escolas e a entrada de estudantes, servidores e terceirizados. Se os terceirizados forem impedidos de trabalhar, o pagamento do dia não trabalhado não será descontado da empresa terceirizada, que deve comunicar à Secretaria, mas ficará sob a responsabilidade do diretor. 

Parceiro da Escola

O Governo do Paraná defende que o programa Parceiro da Escola, apontado como motivo da greve, foi concebido justamente para apoiar os diretores. “Como o nome informa, ele prevê uma parceria. Ele tem o objetivo de permitir que os diretores se dediquem apenas às atividades pedagógicas para promover um aprendizado ainda maior dos estudantes da rede. O projeto de lei que está em análise na Assembleia Legislativa também propõe um modelo democrático com consulta de pais, estudantes, professores e diretores antes da efetivação”, diz.

O programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares. Segundo as regras, o parceiro contratado deverá utilizar os Sistemas Estaduais de Registro Escolar, ficando a cargo da Secretaria de Estado da Educação a expedição de normativas para o uso. O parceiro contratado também poderá utilizar as plataformas digitais disponibilizadas pela Seed para aplicação de seu plano de trabalho.

Uma pesquisa realizada com pais e responsáveis de alunos matriculados nas duas escolas participantes do projeto-piloto mostra que mais de 90% deles aprovam o programa. Os benefícios vão do aumento da frequência escolar à inexistência de aulas vagas. 

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