Funcionários da Petrobras realizaram na manhã desta quinta-feira (18), uma manifestação em frente à da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul. O ato começou às 7h da manhã e encerrou por volta de 8h40.
O objetivo é levantar questionamentos e cobrar providências sobre a venda e negociações das unidades da Petrobras. Além disso, há a preocupação com a continuidade do Clube de Empregados da Petrobras (CEPE), manutenção da barragem, gasoduto, chaminé do incinerador, poluição e condições da empresa.
De acordo com o diretor do Sindipetro e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Mário Dalzot, a cobrança também é em relação à política de preços adota na venda das refinarias.
Dalzot ainda critica os valores de combustíveis para os consumidores. “A categoria é contra a vinculação do preço interno ao mercado internacional, por meio do mecanismo chamado de PPI (Preço de Paridade Internacional). Tal mecanismo atrela os valores dos combustíveis às cotações do dólar e do barril petróleo, e ainda acrescenta os custos de importação. É por isso que os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha dispararam nos últimos quatro anos”.
Venda das unidades
A motivação para o movimento foi o anúncio da conclusão do processo de privatização da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) e seus ativos logísticos associados, na Bahia. A direção da empresa, sob o comando do entreguista Roberto da Cunha Castello Branco, pretende vender a primeira refinaria brasileira para o Fundo Mubadala Capital, pertencente a uma holding estatal dos Emirados Árabes, por US$ 1,65 bilhão.
As manifestações na Repar e SIX se somam aos demais atos convocados pela FUP que acontecem em plantas da Petrobrás no país todo nesta quinta, data na qual os petroleiros baianos entram em greve por empregos e direitos.
Ouça a entrevista com Mário Dalzot, diretor do Sindipetro e da FUP.