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domingo, novembro 24, 2024
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Identidade de caveira encontrada em Canoinhas segue um mistério

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Um ano depois, ainda segue um mistério a identidade da caveira e dos ossos encontrados enterrados no distrito de Paula Pereira, interior de Canoinhas, em junho e julho do ano passado.

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Segundo o delegado Darci Nadal Junior, que encaminhou a ossada para perícia, não houve nenhum avanço na tentativa de identificar a identidade da caveira e dos demais ossos.

O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Canoinhas recebeu em outubro do ano passado laudo referente a identidade do crânio e fragmentos de ossos desenterrados em uma lavoura no dia 28 de junho de 2021.

À época Junior contou que “não foi possível determinar o intervalo post-mortem por limitação técnico-científica. Uma amostra do material ósseo foi encaminhada para o Instituto de Análises Forenses (IAF) do IGP para inclusão do perfil genético da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos.”

A nova tentativa de identificação não foi bem-sucedida. “Sem avanço na identificação de desaparecidos para comparação de DNA”, explica o delegado considerando, por enquanto, inconclusiva a análise. Isso pode mudar se, por exemplo, familiares procurarem a Delegacia para reclamar o corpo de algum desaparecido. Aí se compararia material genético de um familiar com o material genético da ossada. “Por enquanto não conseguimos identificar a ossada e nem determinar a causa da morte”, afirma Junior.

CEMITÉRIO

Um cemitério desativado pode ser a resposta para o enigma. Quem faz o alerta é o historiador Fernando Tokarski. “Imagino que seja por ali, havia um cemitério que foi desativado, mais ou menos no caminho para a balsa. Como não sei onde exatamente foi encontrada essa ossada, imagino que possam ser resquícios do cemitério”, explica. Como não foi possível determinar a idade do crânio e dos demais ossos, essa hipótese ganha corpo considerando ainda que com chuvas e alterações no solo, a ossada pode ter se deslocado do terreno onde foi originalmente enterrado.

A reportagem questionou Tokarski sobre a possibilidade de os ossos serem resquícios da Guerra do Contestado. “Não houve exatamente uma batalha nessa região, mas podem ter ocorrido conflitos isolados. Ali era uma área dominada pelo coronel Fabricio Vieira, que apoiava as tropas federais”, contextualiza. Vieira era integrante da antiga Guarda Nacional e comandava contratados pelo Exército Brasileiro para atuarem como homens-guias das tropas militares contra os civis.

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