A Câmara de Vereadores de São Mateus do Sul acatou na sessão da última terça-feira (19), a denúncia de um suposto caso de assédio sexual envolvendo o vereador Omar Raimundo Picheth (PSB). Segundo o que chegou para a reportagem da RDX, o assédio aconteceu verbalmente entre um vereador e uma funcionária terceirizada do ramo de serviços gerais.
Durante a 6ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de São Mateus do Sul, (assista a partir de 1:34:20) foram encaminhadas duas denúncias contra o vereador Omar Raimundo Picheth (PSB). A primeira, sobre as faltas do vereador na sessões extraordinárias, mas esta acabou não sendo acatada, já que não existe previsão legal na Lei Orgânica do Município e no Regimento Interno.
No entanto, a outra denúncia, de um suposto assédio sexual, foi acatada pela Câmara de Vereadores, com votos favoráveis dos vereadores Allana Feijó Santa Clara (PSL), Jackson Machado (PSDB), Jorge Manfroni (PATRIOTA), Juliano Oliveira (PATRIOTA), Irineu Macuco (PSB) e Osvaldo Kotrik (PSB). Apenas o vereador Valter Przywitowski (PP) votou contrário.
Na sessão da última terça, foi formada uma comissão, definida através de um sorteio, tendo como presidente a vereadora Allana Feijó, como relator o vereador Jorge Manfroni, e membro, o vereador Osvaldo Kotrik, o Parafuso (PSB).
A partir de agora em um prazo de 90 dias, a Comissão Processante será responsável em elaborar um relatório para apresentar ao Plenário da Câmara, a qual deverá enviar todas as informações referentes à toda a situação, como a denúncia, boletim de ocorrência e a situação que está no Judiciário. Em seguida, a Comissão irá se reunir, convocando os supostos envolvidos para serem ouvidas, tanto a suposta vítima como a suposta testemunha, e também o acusado. Todos os envolvidos terão direito ao contraditório, e com isso, essa comissão então vai elaborar um relatório para serem analisados pelos vereadores em Plenário.
Caso está no Ministério Público
Em entrevista à RDX, o promotor Antônio Basso Filho, da 2ª Promotoria de São Mateus do Sul, confirmou que o caso de denúncia chegou ao conhecimento do Ministério Público.
Na sessão do dia 27 de fevereiro, o vereador Omar Picheth se defendeu, afirmando que “nunca iria manchar o sobrenome Picheth”, mencionando que “Picheth tem uma história em volta de tudo isso, que não é pequena”, disse.
O acusado categorizou como difamação e mentira a denúncia contra ele. “Por que essa mentira veio agora? Por que essa mentira foi feita por uma menina que pode ser vítima? Hoje ela é vítima, vítima de uma pessoa que formou e mentalizou tudo isso”, disse fazendo referência a uma terceira pessoa envolvida no caso de denúncia.
Ele ainda afirmou confiar na Justiça e que contratou um escritório de advocacia especializado para cuidar do processo.
A RDX FM e o Portal RDX deixam o espaço aberto, caso os envolvidos queiram se manifestar.