Agência Brasil/Casa Familiar Rural
No dia 13 de julho, comemoro-se os 30 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No Brasil de 1990, uma em cada cinco crianças e adolescentes estava fora da escola, e uma em cada dez, entre 10 e 18 anos, não estava alfabetizada. A cada mil bebês nascidos vivos no país naquele ano, quase 50 não chegavam a completar um ano, e quase 8 milhões de crianças e adolescentes de até 15 anos eram submetidas ao trabalho infantil.
Passadas três décadas, o percentual de crianças e adolescentes fora da escola caiu de 20% para 4,2%, a mortalidade infantil chegou a 12,4 por mil, e o trabalho infantil deixou de ser uma realidade para 5,7 milhões de crianças e adolescentes.
Plantando Educação e Pescando Agroecologia
Toda criança e adolescente tem direito a ter uma boa educação e a poder aprender em novos desafios educacionais. É com esse intuito que a Casa Familiar Rural de São Mateus do Sul desde 2018 apresenta o projeto “Plantando Educação e Pescando Agroecologia”, uma iniciativa que conta com o patrocínio da Petrobras e Governo Federal.
Por conta da pandemia as aulas estão canceladas no momento. Os alunos estão realizando atividades remotas e as aulas práticas acontecerão quando a situação se normalizar.
Os resultados do projeto são visíveis na vida das famílias destes jovens e na comunidade em geral, pois ele oferece capacitação nas mais diversas áreas, possibilitando formação e capacitação direta e abrangendo indiretamente mais de 500 pessoas, através de visitas de estudos, palestras, oficinas e mostras de agroecologia.
Já foram realizadas 150h de formação para os jovens nas áreas de produção orgânica, agroindústria familiar e piscicultura. Para as famílias e comunidades foram ofertadas capacitações nestas mesmas áreas, com capacitação de aproximadamente 64 famílias da agricultura familiar e das comunidades do município em uma parceria com o SENAR.
Outras atividades de destaque do projeto foram oficinas de educação ambiental e alimentação saudável, que atenderam 85 crianças das escolas do campo das comunidades de Monjolos, Estiva e Dois Irmãos. O foco das oficinas foi sensibilizar pais e estudantes para uma reeducação alimentar, e para o alerta dos perigos apresentados pelos alimentos industrializados em relação a saúde e valorização do uso de frutíferas nativas da região.
O projeto possibilitou neste contexto, a partir das demandas surgidas nas famílias, ações para suprir as necessidades de aprimoramento de conhecimentos, tornando a escola um espaço privilegiado para a qualificação e inovação na utilização do potencial de suas propriedades, principalmente os referentes aos recursos disponíveis.